“Mamãe, um dia eu vou ficar branco?”. A pergunta foi feita por um menino, de 5 anos, morador de São Paulo, à mãe, a estilista Claudete Alphonsus, após ser chamado de cocô por colegas de escola. O caso foi compartilhado por Claudete nas redes sociais nesta sexta-feira.
“Mamãe, um dia eu vou ficar branco?”. A pergunta foi feita por um menino, de 5 anos, morador de São Paulo, à mãe, a estilista Claudete Alphonsus, após ser chamado de cocô por colegas de escola. O caso foi compartilhado por Claudete nas redes sociais nesta sexta-feira. pic.twitter.com/03G6X0lIWA
— O Tempo (@otempo) September 18, 2022
Usando a ferramenta stories, do Instagram, ela publicou imagens do filho chorando e a questionando sobre a cor preta da pele, que acabou virando alvo de deboche na escola. “Mamãe, eu não sou lindo. Eu sou um cocô, um chocolate”, disse o pequeno à mãe chorando. Para tentar acalmar o filho, Claudete disse ao filho que ele era lindo e que não havia problema em ser negro.
Nos vídeos, Claudete ainda citou que vai à escola do filho para conversar com as professoras e chegou a falar com o filho que iria “queimar os racistas” – expressão que ficou popularizada após canção do rapper Djonga em protesto contra o racismo. Após a fala, o filho chegou a se assustar e pediu à mãe para não queimar a escola. “Acalmei ele, expliquei o que quis dizer. Lógico que não vou botar fogo em ninguém, mas eu vou ter que tomar uma atitude quanto a isso”, escreveu em um storie seguinte.
Claudene ainda escreveu que não suporta mais sentir essa dor, ao se referir ao ocorrido com o filho. “Ele não sabe se defender. As crianças não sabem que tá errado. Mas os pais sabem, as professoras sabem. E isso não pode se tornar rotina”, acrescentou a estilista. Por fim, Claudene disse que a ferida que abriram nela está difícil de cicatrizar.