Fiscalização
Mais de 23 mil caixas de sabão em pó falsificado são apreendidas em supermercados da Grande Vitória
A Polícia Civil do Espírito Santo apreendeu mais de 23 mil caixas de sabão em pó falsificado da marca OMO, o equivalente a quase 25 toneladas de sabão. Os produtos foram encontrados em duas redes de supermercados em operação na Grande Vitória: EPA e do Mineirão Atacarejo. As informações são da Folha Vitória.
A fiscalização, realizada pela Delegacia de Defesa do Consumidor, ocorreu em sete estabelecimentos, de seis bairros da Grande Vitória, na terça-feira (15/3), na Grande Vitória, data em que se comemora o Dia do Consumidor. As caixas foram recolhidas pela polícia.
As apreensões ocorreram em:
Vila Velha:
– Itapuã
– Glória
– Nossa Senhora da Penha
– Paul
Vitória:
– Jardim Camburi (dois estabelecimentos)
Cariacica:
– Jardim América
As unidades foram identificadas depois que a polícia acompanhou uma investigação ocorrida em Minas Gerais. Quando o produto falso foi colocado na água, a polícia observou uma grande alteração no sabão.
Além da diferença do próprio produto, há grandes diferenças também nas embalagens, começando pelo lacre. O original possui duas fitas. Já o falso e colado com cola quente. O lote também muda.
Segundo a polícia, tanto a marca OMO, quanto os supermercados que estavam vendendo são vítimas nessa situação. Eles estão investigando agora os responsáveis pela falsificação.
Os consumidores que identificarem que compraram produtos falsos podem realizar a troca das unidades.
Empresa é vítima e diz que colabora com a polícia
Por meio de nota, a OMO informou que está acompanhando de perto as investigações dos casos de falsificação de sabão em pó dos quais é vítima em cooperação com as autoridades policiais. Neste caso, não está sendo diferente.
A marca ainda informou que o consumidor pode relatar os casos suspeitos para análise e orientação entrando em contato com SAC pelo site https://www.unilever.com.br/contact/ ou no telefone 0800-707-9977.”
A OMO também deu dicas para reconhecer um produto não original:
– A qualidade do fechamento do cartucho
– A cor, brilho e impressão: as embalagens produzidas em fábrica passam por controles que garantem o recebimento dos materiais conforme um padrão definido, portanto não é esperado uma variação significativa entre as embalagens;
– A codificação primária (data de fabricação, validade e lote): produções em fábrica são feitas através de gravação a laser de forma destacada
– Cor, textura, perfume e performance do produto: padrão conforme o usual em comparação ao que consumidor está acostumado a usar.
Consumidores terão o dinheiro devolvido
Os estabelecimentos em que o produto falsificado foi encontrado também foram acionados pelo Folha Vitória.
Roberto Gosende, diretor do grupo DMA, que é responsável pela duas redes, afirmou que a empresa já vem acompanhando o trabalho da polícia, há alguns dias, e que vem tentando contribuir, na medida do possível, com as investigações.
“Estamos abrindo todas as nossas lojas e depósitos para que a polícia possa verificar cada caixa dos produtos, olhar todas as notas fiscais. Nós compramos um volume muito grande da indústria, até mesmo de outros produtos. E quando a indústria não tem o material necessário, a gente compra de intermediários, para não faltar ao consumidor. Então estamos tentando chegar na fonte desse problema”, afirmou.
Ainda segundo o diretor do grupo DMA, todos os consumidores que adquiriram o produto falsificado nas lojas das redes EPA e Mineirão Atacarejo poderão comparecer ao estabelecimento onde foi feita a compra, com o produto e a nota fiscal, para receber seu dinheiro de volta.
*Com informações da repórter Rafaela Freitas, da TV Vitória / Record TV