Conecte-se Conosco

Eleições

Lula deverá vir a Minas Gerais três vezes neste segundo turno

Publicado

em

Buscando manter e ampliar a vantagem conquistada em Minas Gerais no primeiro turno, o candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá vir ao Estado três vezes neste segundo turno.

Nesta terça (4/10), a coordenação de campanha do ex-presidente em Minas se reuniu para iniciar o cronograma de ações. Após o resultado da votação, no último domingo (2), Lula já havia declarado que vai visitar Minas – no primeiro turno, ele fez três comícios no Estado, em Belo Horizonte, Montes Claros e Ipatinga – para ampliar a vantagem.

“As agendas serão decididas amanhã (hoje), como as datas e as regiões que Lula vai visitar”, declarou o coordenador da campanha do petista em Minas, deputado federal Reginaldo Lopes (PT).

Minas Gerais é um Estado central para as eleições. No primeiro turno, a vantagem petista foi de 600 mil votos, cerca de 5% dos votos, e foi menor do que se previa. Por isso, a mobilização deverá ser intensificada para que Lula não perca votos, ainda mais depois que o governador Romeu Zema (Novo) declarou apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que já anunciou visita ao Estado no próximo dia 12.

Por isso, a estratégia é ampliar a campanha com os deputados atuais e os que foram eleitos e que apoiam Lula, uma vez que, agora, não há palanque amigo de candidato a governador, como o de Alexandre Kalil (PSD) no primeiro turno.

Tanto que, nesta quarta (5), haverá uma reunião entre estes parlamentares para traçar as ações mais imediatas. Nomes que não pertencem ao PT, como André Janones (Avante) e Duda Salabert (PDT), dois dos mais votados do Estado para a Câmara Federal, deverão atuar para fortalecer a campanha petista junto às suas bases.

“É incorporar todos e todas que se colocam à disposição para ajudar neste importante momento, cada um na sua área de atuação”, disse o deputado federal Reginaldo Lopes (PT), coordenador da campanha de Lula em Minas.

A mobilização petista no Estado vai buscar criar agendas com setores que ainda não aderiram ao nome de Lula. Outro ponto é buscar dirigentes partidários mineiros de legendas que já declararam apoio nacionalmente neste segundo turno, como o PDT, de Ciro Gomes, e o Cidadania. A orientação é que os diretórios estaduais e mobilizações dos diretórios municipais atuem como um “fiscalizador” das eleições, ajudando a identificar o cenário em cada local.

Movimentos sociais e prefeitos

Nesta quinta (6), haverá um encontro com movimentos sociais na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT), na capital mineira. Na próxima segunda (10), a campanha convocou uma reunião com os prefeitos. Essa estratégia é para intensificar a presença da campanha nos municípios e organizar atos de apoio ao ex-presidente.

O comitê central em Belo Horizonte continuará sendo um dos pontos de mobilização. “A realização de plenárias mobilizadoras nessa etapa da campanha é importante, para agregar todos e todas que queiram ajudar nessa que é a campanha”, completou Lopes.

Na avaliação do cientista político Joscimar Silva, uma das estratégias de Lula em Minas, já que não terá palanque no segundo turno, é buscar apoio justamente de prefeitos.

“Principalmente, no interior do Estado. Minas tem uma característica muito interessante, pois as regiões se comportam como a ‘cara do Brasil’. Então, o PT deverá fazer essa regionalização, que é uma forma de driblar a falta de palanque, ainda mais, nos locais onde historicamente é favorito, como o Norte, Vale do Jequitinhonha, do Mucuri, por exemplo”, afirmou.

Para Silva, o apoio de Zema a Bolsonaro não deve ser um empecilho para que prefeitos adeptos ao nome de Lula o apoiem. “Quem já apoia, apoia. E os prefeitos também dependem muito do governo federal. Como o Lula saiu em vantagem no primeiro turno também em Minas, isso pode impactar no tipo de apoio que ele vai receber, sendo-lhe um ambiente mais favorável”, completou.

Publicidade
Publicidade

Política

Publicidade