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Lisca fala sobre paralisação e sugere auxílio emergencial para jogadores
Após a vitória sobre o Cruzeiro no domingo, por 1 a 0, em jogo disputado no Independência e válido pela quinta rodada do Campeonato Mineiro, o técnico Lisca falou sobre a paralisação do torneio a partir desta segunda-feira, 22 de março.
O governador Romeu Zema decretou a Onda Roxa do Minas Consciente, fase mais restritiva no combate à pandemia, e as atividades esportivas estão suspensas, a princípio, até 31 de março.
Nesta segunda, a Federação Mineira de Futebol (FMF) e o governo de Minas se reúnem na Cidade Administrativa para debater o assunto e o futuro da competição.
Questionado sobre a decisão, Lisca lembrou que havia se manifestado sobre o assunto recentemente: “Não sou a favor nem contra de nada, dei minha opinião há três semanas em relação às viagens da Copa do Brasil. Achava que os campeonatos estaduais eram mais viáveis, mas já vi que não, porque as autoridades decidiram parar”.
O treinador do América também lembrou que a pandemia da Covid-19 já levou ao colapso nos hospitais devido à falta de leitos para pacientes.
“O grande problema não é só a transmissão do vírus, é o colapso dos hospitais. Não pode ter uma pessoa com doença crônica, uma apendicite, uma pedra no rim, porque não tem leito. A minha colocação foi para olhar para a Copa do Brasil. Hoje (domingo), eu vi vários infectologistas falando que isso é uma bomba; Vi o time da Ponte Preta com 22 casos, Marília com 8, 10… Eu avisei há duas semanas que ia ser difícil”, disse Lisca.
Lisca sugere auxílio emergencial para jogadores
Ainda sobre a paralisação, o comandante do Coelho afirmou que os profissionais do mundo do futebol não podem ficar alienados ao que acontece na sociedade brasileira.
De acordo com Lisca, se o futebol parar novamente, como aconteceu em 2020, federações, clubes e treinadores deveriam se mobilizar e criar um auxílio emergencial para jogadores dos clubes de menor porte, que sofrerão bastante com a suspensão dos torneios.
O técnico do Coelho, inclusive, disse que pode estar à frente de uma campanha que tenha o objetivo de criar esse mecanismo de ajuda aos atletas.
“A CBF tem o controle de todos os contratos, valores, está tudo lá. Não podemos deixar nenhum profissional desatendido. É hora da gente, que está numa melhor condição, se sacrificar e poder ajudar todo mundo. Está caindo de maduro pra gente do futebol fazer isso. Eu me disponho a puxar essa campanha, convoco meus colegas das séries A e B para se engajarem nesse processo”, destacou Lisca.
FONTE: POR BRUNO MATEUS – SUPER.FC
Foto: Mourão Panda/América