O pré-candidato ao governo de Minas Alexandre Kalil (PSD) disse nesta sexta-feira (15) que terminar obras de hospitais inacabadas é uma tarefa “quase infantil” e que o complexo é manter e equipar as unidades de saúde. As informações são do jornal O Tempo.
A fala do ex-prefeito de Belo Horizonte foi feita em coletiva de imprensa durante agenda em Divinópolis, no centro-oeste mineiro, onde ele visitou o canteiro de obras do hospital Regional de Divinópolis e participou de ato de pré-campanha com lideranças locais.
“Temos que parar de falar somente em acabar as obras dos hospitais regionais, porque acabar o hospital é começar o trabalho na saúde. Acabar o hospital é uma coisa quase infantil perto de manter um hospital, com quase 400 leitos, como é o caso aqui de Divinópolis”, pontuou Kalil.
O ex-prefeito de Belo Horizonte aproveitou para criticar a gestão em saúde do governador Romeu Zema (Novo), seu principal adversário na eleição de 2022. Kalil lembrou que Minas Gerais tem 11 hospitais regionais em obras paralisadas e que o funcionamento de todos eles implicaria em uma despesa de 400 milhões de reais por mês.
“O hospital regional não foi acabado por desmazelo, porque não sabem abrir um hospital. Acabar a obra é tranquilo. Mas como manter um hospital é uma pergunta que precisa ser respondida. Temos vários modelos que podem ser adotados: temos hospitais universitários, as universidades querem colocar os alunos dentro dos hospitais, temos o modelo de Parceria Público Privada (PPPs), um modelo espetacular, que foi testado e aprovado em Belo Horizonte”, destacou.
“Saúde para quem quer cuidar de saúde, séria e cara. Pandemia não é com papelzinho rosa, roxo e lilás que se combate não. É com dinheiro. Com investimento. Não é abrindo hospital que não entra um doente não. É pegando hospital e equipando, dando dinheiro”, completou.
Além das parcerias para a manutenção desses hospitais, ele acredita que o repasse de recursos do governo federal será importante também.
“O (ex) presidente Lula já disse que saúde, educação e infraestrutura precisam estar no orçamento. É preciso recurso para equipar os hospitais e contratar pessoal”, afirmou o ex-prefeito de Belo Horizonte, acenando para Lula, pré-candidato à presidência da República, e aliado de Kalil nas eleições.