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Justiça emite alvará de soltura e “avô” de Deizzyná é solto na manhã desta quarta-feira

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Após reviravolta no caso da adolescente de 13 anos, morta no bairro Novo Horizonte, o primeiro acusado do crime que mais causou comoção popular em 2019 teve sua soltura sinalizada pela promotoria e acatada pela Justiça.

Conforme informado pelo jurídico do suspeito, na manhã desta quarta-feira, dia 10 de julho

o “avô” [padrasto do pai] de Deizzyná Fabrícia, foi solto para aguardar o desfecho do caso em liberdade.

A informação foi obtida em primeira mão através da promotoria de justiça que sinalizou ter acatado a solicitação da defesa e já ter se pronunciado à justiça sobre o fato, sendo posteriormente pelo advogado do suspeito, confirmado que a juíza da Comarca de Nova Serrana, emitiu o alvará de soltura, e seu cliente colocado em liberdade na manhã desta quarta-feira, dia 10 de julho.

Defesa

Após reviravolta no caso Deizzyná, nossa redação entrou em contato com o advogado Antônio Reinaldo Hortêncio, que faz a defesa do senhor José Ferreira de Souza, que é o padrasto do pai da adolescente morta.

Em suas considerações o advogado apontou que desde o início, quando aceitou o caso acreditou que seu cliente não tinha participação no crime e isso, segundo o Advogado ficou claro quando, após analisar todas as informações percebeu que algo estaria errado e que os elementos relatados pelo cliente não se alinhavam com fatos ocorridos.

De acordo com o Dr. Hortêncio, seu cliente não sustentava as informações narradas inicialmente, chagando a criar situações estranhas no decorrer da investigação; inclusive percebeu que o cliente apresentava certo sintoma de mitomania (compulsão psicológica de criar situações) ou mesmo um transtorno de personalidade, o que poderia explicar as versões apresentadas pelo cliente em sede de Polícia Judiciária e a impressa.

Conforme já até relatado pela acusação, o suspeito deverá passar por avaliação psicológica, o que foi confirmado pelo advogado de defesa. “Isso será analisado no incidente de Insanidade mental, onde vai apurar se realmente ele tem esse problema mental”. Considerou Dr. Hortêncio.

Ainda de acordo com as considerações do advogado “o que nos interessa neste momento é a informação que ele não tem participação no crime. Onde a Policial Civil conseguiu chegar ao verdadeiro autor, que confessou o crime e descreveu todo o ocorreu com riqueza de detalhes e principalmente afastando qualquer participação do José Ferreira de Souza”.

Acusação

Em contato com a Promotoria de Justiça Criminal, na pessoa do Promotor Dr. Alderico Carvalho, foi informado que a defesa juntou os depoimentos do segundo suspeito preso, identificado como Gilmar Café, e o depoimento do senhor José Ferreira de Souza, e apresentou que o segundo preso afirmou que teria cometido o crime sozinho.

Diante das declarações apontadas, a promotoria entendeu por bem se manifestar de forma positiva a liberação do suspeito, ainda que “os autos do inquérito policial ainda não foram concluídos pela delegacia de polícia; de qualquer forma o advogado do Senhor José, que chegou a confessar o crime por três vezes, entrou com um pedido para que o seu cliente fosse posto em liberdade e juntou no pedido os dois depoimentos do Gilmar “Café”, que isentam o senhor José de responsabilidade”. Explicou o promotor.

Dr. Alderico considerou que os elementos que apontavam para José Ferreira se enfraqueceram com a nova linha de investigação que levou a prisão e confissão de Gilmar Café como autor do crime. “Enfim como havíamos desde o inicio, os elementos suficientes de autoria do senhor José estavam presentes por ser vizinho, por ter relação com Deizzyná e por ter confessado por três vezes a autoria do crime, só que esses elementos de autoria se enfraqueceram diante da nova linha de investigação quando se chegou à autoria do Gilmar, e autoria dessa comprovada por duas fontes independentes que são os dois celulares subtraídos da vítima, que foram encontrados com pessoas diversas que não tinham relação entre si e que imputaram o repasse dos celulares ao Gilmar Café.” Considerou Dr. Alderico.

Outros crimes

O promotor ainda apontou que “diante dos robustos elementos de autoria do Gilmar Café, eu como promotor entendi por bem pelo menos por enquanto manifestar favoravelmente pela soltura do senhor José”.

Contudo a promotoria reforça que ainda não está descartada a possibilidade de envolvimento ou cometimento de outros crimes ainda relacionados a Deizzyná. “Não se descarta plenamente a participação do senhor José quer seja auxiliando café, ou praticando algum fato posteriormente a morte da Deizzyná como vilipêndio de cadáver ou até mesmo praticando algum abuso contra a vítima antes do crime cometido pelo Gilmar Café. Essas outras linhas de investigação vão seguir, mas independentemente da autoria que já foi confirmada ao Gilmar Café”. Reforçou o promotor.

Por fim Dr Alderico Carvalho finalizou afirmando que “em resumo diante da necessidade de novas investigações com relação ao senhor José Ferreira, que inicialmente confessou o crime, para saber se ele abusou da menina antes ou praticou algum vilipêndio contra o cadáver após o latrocínio, é melhor e a prudência recomenda que ele aguarde sobre a investigação desses outros fatos em liberdade”.  Finalizou o promotor.

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