Justiça
Justiça condena Alexandre Cornélio (18,6 anos) e Ricardo Santos (15 anos) por homicídio de Walacy Bento
Em um júri que durou aproximadamente 48 horas, a justiça condenou Alexandre Cornélio e Ricardo Santos (Pomada) pela morte de Wallacy Bento, cometida em 2015, na porta de uma boate no bairro Marisa.
Conforme apurado junto ao promotor Criminal, Dr Daniel Saliba de Freitas, responsável pelo caso, “o réu Ricardo Santos foi condenado a 15 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado”.
Já o mandante do crime, “o réu Alexandre Cornélio, foi condenado a 18 anos e 6 meses de reclusão, em regime também inicialmente fechado”.
Conforme apurado a condenação se deu “por homicídio qualificado pelo motivo fútil e emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima”.
Após a sentença, por pedido da promotoria ambos os réus saíram presos do Tribunal do Júri da comarca de Nova Serrana, e segundo o promotor a condenação se deu a ambos os réus.
“O MP requereu a prisão preventiva dos réus, que foi decretada. Eles foram conduzidos para Bom Despacho e serão posteriormente recambiados para Nova Serrana”. Explicou Dr Daniel Saliba.
Os acusados foram então levados algemados após a condenação para o presídio de Bom Despacho, onde ficam preso por pelo menos 15 dias, antes de serem transferidos para outra unidade penitenciária, seguindo os protocolos do Estado em razão da pandemia de Coronavírus.
Recurso
Ainda segundo informado pelo promotor tanto o Ministério Público (MPMG) quanto as duas defesas do réu e do acusado também recorreram.
A promotoria recorreu da decisão com o intuito de aumentar a pena para os réus.
“O juiz reconheceu a confissão de Ricardo para atenuar a pena. O Ministério Público recorreu da sentença para elevar as penas”, informou o promotor.
Por sua vez as duas defesas recorreram, alegando nulidade, erro na aplicação da pena e julgamento contra as provas dos autos. Cabe ressaltar que as razões de recurso serão apresentadas em momento posterior.
Depoimentos
Durante o julgamento foram colhidos depoimentos de populares que presenciaram a briga entre Alexandre Cornélio e Wallacy Bento, instantes antes do crime cometido.
Também foi colhido o depoimento do policial que participou das investigações que culminou na acusação de Alexandre Cornélio como mandante do homicídio.
Outro fator relevante em meio aos depoimentos foi as declarações de uma testemunha que informou sobre uma carta, que teria sido escrita por Alexandre Cornélio a familiares, na qual o réu teria confessado a autoria do crime.
Relembre o caso
No início da madrugada de sábado dia 18 de julho de 2015, a Polícia Militar (PM) recebeu informações de que um jovem baleado havia dado entrara na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Nova Serrana, o qual não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.
A PM compareceu até a unidade de saúde e identificou a vítima como Walacy Aparecido Bento dos Santos, de 22 anos.
Segundo os médicos a vítima apresentava sete perfurações provenientes de arma de fogo, sendo três no abdômen e quatro nas costas.
Conforme os fatos narrados na época, o crime ocorreu na porta de uma casa de show localizada no bairro Marisa, e segundo narraram as testemunhas, a vítima teria se desentendido com um outro rapaz que deixou o local em uma Caminhonete Hilux e retornou ao local do crime alguns instantes após a discussão, acompanhado de um comparsa que com um capuz na cabeça se aproximou da vítima pelas costas e efetuou diversos disparos.
As testemunhas apontaram na época de que o indivíduo envolvido na discussão seria o mandante do crime, identificado como Alexandre Cornélio, que foi levado a júri e condenado na última quinta-feira, dia 01 de julho, quase seis anos após o homicídio.