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Homicídio

Júri Popular condena réu por homicídio a 18 anos de prisão em Nova Serrana

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Nesta quinta-feira, Givanildo Jesus da Silva, de 34 anos, foi julgado e condenado pelo assassinato de Elias Ferreira Camargos, de 23 anos. O caso, ocorrido no bairro Novo Horizonte, em Nova Serrana, chocou a comunidade local devido à brutalidade do crime. A sessão foi presidida pelo juiz Frederico Vasconcelos de Carvalho, da Segunda Vara Criminal, no Fórum de Nova Serrana. Com informações de VH News.

Elias Ferreira Camargos foi brutalmente atacado em sua residência, recebendo cerca de 30 golpes de faca enquanto descansava. Segundo relatos dos vizinhos, os autores do crime, incluindo Givanildo, moravam na mesma rua e frequentemente causavam distúrbios devido ao som alto. Na noite anterior ao crime, a polícia militar foi acionada para advertir os envolvidos sobre o incômodo causado aos moradores.

Após o assassinato, os criminosos fugiram. Givanildo foi capturado apenas em maio de 2023, na cidade de São Paulo. O coautor do crime, identificado como Aleph, ainda está foragido e será julgado em uma sessão futura.

De acordo com a promotora de justiça, Lohana Cavalcante, Givanildo foi acusado de homicídio triplamente qualificado. As qualificadoras incluem:

  1. Motivo Fútil: O crime foi motivado por uma desavença trivial sobre o volume do som, destacando-se a intolerância e violência desproporcionada do réu.
  2. Recurso que Impediu a Defesa da Vítima: O homicídio ocorreu enquanto Elias dormia, impossibilitando qualquer chance de defesa.
  3. Meio Cruel: A vítima foi golpeada 30 vezes, demonstrando extrema violência e crueldade.

A promotora enfatizou que Elias havia solicitado a intervenção policial no dia anterior ao crime devido ao som alto. No dia seguinte, enquanto descansava para ir trabalhar, Elias foi surpreendido pelos agressores, que invadiram sua casa e o atacaram brutalmente. A quantidade e localização dos golpes indicam a severidade e a crueldade do ato.

O advogado de defesa, Ivandilson Carneiro, argumentou que Givanildo não desferiu as facadas que mataram Elias. A linha de defesa baseou-se na negativa de autoria e no princípio do “in dubio pro reo” (na dúvida, a favor do réu). Segundo a defesa, Givanildo teria chegado ao local para separar a briga entre seu amigo, que desferia as facadas, e a vítima. O advogado sustentou que o verdadeiro autor das facadas está foragido.

Givanildo alegou inocência parcial, afirmando que sua participação se limitou a tentar separar o agressor da vítima. A defesa buscou desvincular Givanildo da execução direta do crime, apontando para a ausência do coautor, ainda não capturado.

O julgamento de Givanildo Jesus da Silva trouxe à tona a gravidade e a brutalidade de um crime motivado por uma desavença banal. A condenação reflete a resposta da justiça frente a atos de violência extrema, reforçando a importância de uma convivência pacífica e da resolução de conflitos de maneira civilizada. A comunidade de Nova Serrana, abalada pelo ocorrido, aguarda agora o julgamento do coautor foragido para que a justiça seja completamente realizada.

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