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Jovem com tumor raro que levou a mudança na cor de pele tenta obter remédio de alto custo na Justiça
A fortalezense Sabrina Gomes está há dez meses esperando receber da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) uma medicação de alto custo que pode mudar sua vida. Cada dose do remédio custa em média R$ 32 mil, e ela precisa de quatro doses.
Sabrina, de 24 anos, foi diagnosticada com Síndrome de Cushing e com um timoma, um tumor no tórax, dois problemas que causam dificuldades respiratórias, insuficiência renal, pressão alta, distúrbios metabólicos e chegaram até mesmo a mudar a tonalidade da sua pele.
Sabrina foi diagnosticada com o timoma ainda na adolescência. O tumor produz um hormônio chamado ACTH. Em condições normais, o ACTH é produzido na hipófise e é importante na regulação de diversas funções do organismo. Sabrina, no entanto, convive com um excesso de ACTH.
Um dos efeitos desse excesso é fazer com que as chamadas glândulas adrenais produzam, também em excesso, o cortisol. O cortisol é responsável, entre outras coisas, por regular os níveis de açúcar no sangue e fortalecer o sistema imunológico.
A equipe médica constatou que o tumor, com a alta produção de ACTH, havia levado a jovem a desenvolver a Síndrome de Cushing devido ao excesso de cortisol.
Primeiro, a equipe tentou controlar a situação hormonal por meio da medicação. No entanto, com a piora do quadro, foi feita uma adrenalictomia, cirurgia para retirada das glândulas adrenais.
A retirada das glândulas, em 2022, resolveu os excessos de cortisol causado pela Síndrome de Cushing, mas o tumor continua a crescer e tem atualmente 17 centímetros. A cirurgia, no entanto, gerou um efeito colateral – a mudança na cor da pele de Sabrina.
A síndrome causa, entre outros problemas, hipertensão arterial, acúmulo de gordura, fadiga, dificuldade de cicatrização, entre outros sintomas. Desde então, Sabrina vem sendo submetida a diversos tratamentos em busca de uma cura.
Conforme Sabrina, ela já passou por três quimioterapias, radioterapia e quatro cirurgias. Agora, a equipe médica e a família buscam o lutécio radioativo, uma medicação que pode estabilizar e até eliminar o tumor.
Foto: Reprodução/G1 Ceará – Com informações de G1 Ceará: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2024/11/02/jovem-com-tumor-raro-que-levou-a-mudanca-na-cor-de-pele-tenta-obter-remedio-de-alto-custo-na-justica.ghtml