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Itaunenses na mira do STF por participar dos atos de 8 de janeiro

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Jean Tarcizio Alves - Foto: Divulgação/Redes Sociais

Em meio a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 7 réus por “crimes de golpe de Estado” e “tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito”, cidadãos itaunenses que participaram dos atos de 8 de janeiro estão na mira da Justiça federal.

Além da cabelereira Rita Carvalho, que optou por se mudar para a Argentina por não correr o risco de “ir para prisão por algo que não fez”, como disse em entrevista ao @viuitauna, o ex-gerente da Secretaria Municipal de Cultura, Jean Tarcizio Alves, foi condenado a 14 anos de reclusão.

Jean também foi condenado a pagar uma multa no valor total de R$ 50.600, referente a 100 dias/multa estipulada em 1/3 do salário-mínimo vigente, e ao pagamento da indenização por danos morais coletivos, de maneira solidária, estipulada no valor de R$ 30 milhões.

O itaunense, de acordo com a Prefeitura, pediu exoneração do cargo na quinta-feira (20), três dias após a condenação. Conforme apurado no meio político em Itaúna, já não está mais no país.

Nas redes sociais a condenação de Jean tem sido bastante comentada em Itaúna, com postagens de vídeos com a atuação do itaunense em Brasília no 8 de janeiro de 2023. Nos vídeos, usando o que parece ser uma bandeira do Brasil, o itaunense brada “o Brasil é nosso!” e em seguida pergunta “cadê os CACs”, possivelmente se referindo ao grupo formado pelos indivíduos portadores do título de Caçador, Atirador Desportivo e Colecionador de armas de fogo.

A defesa de Jean informou ao @viuitauna nesta quarta-feira (26) que não concorda com a condenação e já protocolou recurso. “Estamos aguardando a análise e o julgamento”, afirma. A reportagem solicitou uma entrevista com ele e aguarda resposta.

A Prefeitura de Itaúna alega que não tem informações sobre o caso, por não estar relacionado ao exercício da função como servidor público. “Esse servidor já havia solicitado exoneração do cargo na última quinta-feira, dia 20 de março. Ressaltamos que questões relacionadas a assuntos pessoais, não vinculadas ao exercício da função, não são de nosso conhecimento nem de nossa responsabilidade”, afirma.

A condenação de Jean Tarcizio Alves seguiu o voto do relator, sendo acompanhada integralmente pelos demais magistrados da Turma do STF. No entanto, o ministro Cristiano Zanin fez ressalvas em relação a alguns pontos da decisão, mas, no final, também votou pela condenação.

“não foi passeio no parque”, diz Moraes

O ministro Alexandre de Moraes afirmou nesta quarta-feira (26) que os ataques de 8 de janeiro “não foram um passeio no parque”. Para o ministro do STF, naquela data houve “uma verdadeira guerra campal” em torno das sedes dos Três Poderes da República. Moraes trouxe um vídeo com imagens da depredação dos prédios públicos e da violência registrada naquele dia.

“É importante lembrar que tivemos uma tentativa de golpe de Estado violentíssima”, disse ele. “Uma violência selvagem, com pedido de intervenção militar”, acrescentou.

O procurador-geral, Paulo Gonet, denunciou no mês passado Bolsonaro e mais 33 pessoas pelos crimes de golpe de Estado e tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito, bem como de dano qualificado pelo emprego de violência e grave ameaça, depredação de patrimônio tombado e organização criminosa armada.

Pela narrativa do PGR, os atos golpistas começaram em meados de 2021, com ataques às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral, visando à criação da animosidade na sociedade e o clima para que Bolsonaro pudesse se manter no poder mesmo com derrota em sua tentativa de reeleição. A tentativa de golpe se encerrou somente com os atos violentos de 8 de janeiro, segundo a narrativa do PGR, que acusou o chamado “núcleo crucial” do golpe, composto por Bolsonaro e outros sete civis e militares, de terem participação por sua contribuição nos ataques aos prédios públicos.

Fonte: Viu Itaúna https://viuitauna.com.br/2025/03/26/itaunenses-na-mira-do-stf-por-participar-dos-atos-de-8-de-janeiro/

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