Saúde
Infectologistas alertam para avanço de dengue e COVID pós-carnaval
O efeito folia de Momo, com a aglomeração de pessoas, um mar de gente reunida, juntas pelas ruas atrás dos blocos, somados à instabilidade climática (BH teve dias de chuvas e chegou a 30º), podem desencadear uma explosão de casos tanto de dengue quanto de COVID. Com informações de Estado de Minas.
O médico infectologista Estevão Urbano, presidente da Sociedade Mineira de Infectologia (SMI) e diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), destaca que “quando se tem muitas aglomerações, gera-se muito material que pode acumular água, favorecendo, portanto, a multiplicação do mosquito (Aedes aegypti).” Ele acrescenta: “Muitas pessoas juntas podem, obviamente, ser mais contaminadas pelo mesmo mosquito. Como tivemos essa situação durante o carnaval, está feito o cenário. E com a volta às aulas também há aumento da movimentação das pessoas, geração de resíduos e a possibilidade de acúmulo de líquidos. Isso pode ser um trampolim para a dengue, que já está em número alarmante e pode aumentar exponencialmente”, alerta.
Estevão Urbano destaca as consequências: “O aumento exponencial é acompanhado de inúmeros problemas. Acarreta tanto para as pessoas, quanto para o sistema de saúde, sobrecarga para os postos, entre outros. E até aumentando, às vezes, número de internações e óbitos”.
O médico infectologista lembra que carnaval e volta às aulas são atividades com riscos não só para o aumento de casos dengue, como também para a COVID-19 e outras doenças que pioram com aglomerações: “Então, o pós-carnaval será de alerta”, avisa.