Segundo o boletim de ocorrência, as crianças acordaram sem o movimento das pernas, e acabaram levadas para o hospital pela mãe, que se relacionava com o suspeito das agressões há apenas seis meses.

A Polícia Militar (PM) foi acionada já no início da tarde no Hospital Nossa Senhora Aparecida, para onde mãe e filhos foram levados. A mulher relatou que, na terça-feira (7), chegou em casa do trabalho e o companheiro disse que os filhos dela estavam muito agitados.

A possível necessidade de acalmar as crianças foi a justificativa dada por ele para medicá-las. O suspeito então teria entregado um comprimido de Clonazepam, um ansiolítico que também tem poder sedativo, mais conhecido como Rivotril, para a mulher. Ele também ministrou 1/4 de comprimido para a menina de 2 anos, e um comprimido para o garoto, de 9, e a garota, de 7 anos.

Perda de movimento das pernas

Neste momento, a mulher percebeu que os filhos estavam com dificuldade de acordar, sendo que a menina de 7 anos e o menino de 9, inclusive, chegaram a vomitar. Os dois estavam também com dificuldade de caminhar, aparentando estar sem o movimento das pernas, o que preocupou a mãe.

Assustada, a mulher então pediu ajuda para a vizinha, que a ajudou a levar as crianças até a unidade de saúde. Lá, os medicos informaram que a paralisia momentânea dos membros inferiores era um dos sintomas do clonazepam, oferecido pelo suspeitos às crianças. Após receber atendimento médico, a família recebeu alta médica e não corre risco de morte.

‘Não foi a primeira vez’, conta criança estuprada

No hospital, ainda de acordo com a PM, a menina de 7 anos foi ouvida e resolveu contar sobre o que teria acontecido. A criança relatou que o suspeito deu o comprimido para sua mãe e, em seguida, para ela e seus irmãos. Assim que a família adormeceu, ele teria dito para ela “colocar um shortinho e ficar bem gostosinha” para ele.

Depois disso, o homem passou a violentar a garota, além de forçá-la a pegar em seu órgão genital. Durante o depoimento, a vítima relatou ainda que essa era a segunda vez que isso teria acontecido, já que, na segunda-feira (6), o homem teria feito a mesma coisa. Na ocasião, ele teria ordenado que ela deitasse em cima dele para eles “dormirem” no sofá.

Suspeito alegou que só cometeu estupro por estar “drogado”

Diante dos relatos, a PM foi até a casa do suspeito, no bairro São Gabriel, na região Norte de BH, onde ele foi localizado. O homem disse que estava sob o efeito de entorpecentes e que teria usado o telefone da companheira, após dopá-la, para transferir R$ 488.

Ele recebeu voz de prisão em flagrante e foi encaminhado à Delegacia de Plantão de Atendimento à Mulher, que, agora, investigará o caso