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Hacker depõe à CPMI do 08/01 e Bolsonaro tem quebra de sigilo

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Hacker depõe à CPMI do 08/01 e Bolsonaro tem quebra de sigilo

Um dia cheio em Brasília

O hacker Walter Delgatti Neto depôs ontem em Brasília à Comissão Parlamentar que investiga os atos do 08 de janeiro.

Delgatti é conhecido por ser o hacker que acessou e vazou diversas conversas privadas da Lava Jato que impactaram no fim da Operação — o que ficou conhecido por Vaza Jato — e tem uma ficha criminal extensa.

Mais recentemente, ele está sendo investigado por invadir sistemas internos do Conselho Nacional de Justiça, supostamente a pedido da deputada federal Carla Zambelli. Inclusive, é por esse motivo que ele está preso desde o começo do mês. Relembre aqui.

A sessão da CPMI

Foram quase sete horas de depoimento em uma das sessões mais tensas da Comissão, com direito a discussões, deboches e xingamentos.

O STF tinha dado a ele o direito de ficar em silêncio, mas Delgatti fez um uso seletivo desse artifício, já que se esquivou das perguntas vindas de parlamentares de direita — veja um exemplo aqui.

  • O único da oposição que teve suas perguntas respondidas foi Sérgio Moro, que foi exposto pelo hacker no caso da Vaza Jato, quando ainda era juiz. Delgatti chegou a chamá-lo de “criminoso contumaz“.

Por outro lado, dentre os questionamentos da esquerda que respondeu, o hacker fez duras acusações a Bolsonaro, afirmando que o ex-presidente teria oferecido um indulto — perdão presidencial — em troca de ações que comprovassem a insegurança das urnas eletrônicas.

Ainda disse que Bolsonaro pediu para que ele trabalhasse junto ao Ministério da Defesa para criar um código-fonte falso e que assumisse a autoria de um grampo contra o ministro Alexandre de Moraes.

Jair confirmou que se encontrou com o hacker uma vez, mas negou o restante das declarações, dizendo que Delgatti “estava inspirado” e que “tem fantasia aí.”

O que os parlamentares de esquerda disseram

Na visão da esquerda, dia de ontem deixa Bolsonaro mais próximo de uma possível prisão do que nunca, com o “cerco não mais se fechando, mas tendo fechado de vez“.

O principal ponto, além de todos apresentados no depoimento, é que há indícios de que Bolsonaro estava organizando um plano de golpe, somente pelo fato dele ter se reunido com o hacker — ainda mais no Palácio da Alvorada.

O que os parlamentares de direita disseram

Para a direita, O “silêncio seletivo” do hacker e o fato dele ter declarado seu voto em Lula nas últimas eleições mostram que ele foi parcial ao depor, pensando somente em alimentar uma narrativa de perseguição ao ex-presidente.

Indo além, baseando em um vídeo do hacker em que diz ter desejo de ser deputado federal — e que o faria por um partido de esquerda —, o seu real objetivo com todas as suas falas é chamar atenção e ganhar notoriedade no país.

O que vem pela frente?

A equipe de Bolsonaro confirmou que vai entrar com um queixa-crime contra Delgatti. Enquanto isso, a Polícia Federal convocou Walter a um novo depoimento ainda hoje.

Mas tem outra bomba no radar de Bolsonaro: Ontem à noite, o advogado do Mauro Cid confirmou que o ex-ajudante de ordens do Bolsonaro vai confessar à Justiça que vendeu joias nos EUA, transferiu dinheiro ao Brasil e entregou em mãos ao ex-presidente.

Com todo esse cenário, o ministro Alexandre de Moraes autorizou a quebra de sigilo bancário de Jair e Michelle Bolsonaro no exterior. Tudo indica que teremos mais um dia intenso…

Além disso, o que mais é destaque por aqui?

 

  • Fonte The News

 

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