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Greve dos caminhoneiros: Associação garante paralisação e estima 70% de adesão a partir desta segunda-feira

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Conselho Nacional de Transportes Rodoviários de Carga diz que órgãos responsáveis e o presidente Jair Bolsonaro já receberam documentos que oficializam a paralisação; associação de transporte prevê mais de um milhão de caminhoneiros no movimento. 

Organização espera 70% de adesão

Organizada por um grupo de associações, uma nova greve dos caminhoneiros deve tomar forma a partir desta segunda-feira, 1º. Em entrevista à Jovem Pan, José Roberto Stringasci, presidente da Associação Nacional do Transporte Autônomo do Brasil (ANTB), afirmou que a movimentação articulada para segunda deve ter adeptos em todos os estados do Brasil. A associação acredita que 70% da categoria vai parar todas as atividades já na segunda, com crescimento de adeptos ao longo da semana. “Creio que até a quinta-feira ou sexta tenhamos um pouco mais de um milhão [de adeptos à paralisação]”, afirmou. Stringasci explica que a maior parte da articulação entre os caminhoneiros é feita por meio de aplicativo de mensagens e não há um horário geral para que a paralisação seja iniciada. As regras serão estabelecidas de acordo com as frentes de cada estado. “Está confirmado. O Brasil todo vai parar”, garante.

Por meio das redes sociais, o presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), Plínio Dias, incentivou os caminhoneiros à paralisação afirmando que ela ocorrerá dentro da legalidade e que órgãos responsáveis, assim como o próprio presidente Jair Bolsonaro, já receberam documentos oficializando a parada. “Nós temos direito adquirido da gente parar na pista, deixando uma faixa livre, não bloqueando caminhão. Não vamos bloquear caminhão de hospital, caminhão específico de ração, ônibus, carro. Isso aí, ninguém vai abordar esses caminhões”, afirmou. “Nossa pauta não é política, não vamos levantar tipo nenhum de bandeira partidária, nós temos nossa pauta que envolve a sociedade também”, disse Plínio, convocando os caminhoneiros para um movimento “ordeiro e pacífico”.

O representante do CNTRC citou o fim do mecanismo de PPI (Preços de Paridade de Importação), que taxa materiais como a gasolina, diesel, querosene de aviação e gás liquefeito de petróleo de acordo com os valores de cotação do dólar, como uma das pautas de interesse coletivo levantadas pela categoria. “Nossos amigos taxistas, motoristas de aplicativo, nossos agricultores, a dona de casa, todos estão sofrendo”, disse. Além dela, a categoria pede mudanças no programa “BR do Mar”, um projeto de Lei aprovado pela Câmara dos Deputados há cerca de um mês que, segundo os caminhoneiros, privilegia empresas de fora e prejudica o setor.

  • Jovem Pan
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