Saúde
Governo elabora primeiro protocolo para tratamento de obesidade
Endocrinologistas, nutricionistas, médicos e sociedade civil participam da elaboração do plano que tem como foco tratar a obesidade, doença que atinge mais de 650 milhões de pessoas pelo mundo
Conforme apontado em matéria feita por este Popular na edição 1527, publicada no dia 25 de agosto, a obesidade tem se tornado um problema que deve ser combatido diretamente pelos órgãos de saúde.
Diante dessa realidade o Ministério da Saúde abriu uma enquete pública para elaborar o primeiro Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para tratamento de casos de obesidade e sobrepeso.
O documento será construído com as contribuições recebidas de representantes da sociedade civil e profissionais de saúde envidadas até a data de ontem, dia 11 de setembro, tendo o documento segundo o Ministério, o objetivo é aprimorar e qualificar o atendimento e a conduta terapêutica de pacientes na atenção básica e especializada no Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com as informações divulgadas o Ministério da Saúde entende que a adoção do protocolo pode contribuir para prevenir e controlar a obesidade e o sobrepeso no país, além de garantir mais segurança e efetividade clínica e científica aos profissionais de saúde.
Atualmente a obesidade é uma das doenças que mais tem crescido nos últimos anos em nível global. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que os índices de obesidade e sobrepeso quase triplicaram desde 1975.
Os dados da OMS, apontam ainda que em todo o mundo, existem pelo menos 650 milhões de obesos. No Brasil, um em cada cinco pessoas estão obesas e mais da metade da população das capitais estão com excesso de peso, segundo a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel).
O impacto sobre o Sus também tem crescido. Em 2012, a rede pública realizou pouco mais de mil cirurgias bariátricas e reparadoras de pacientes obesos. O número de intervenções subiu para 8,1 mil, em 2016, segundo o Ministério da Saúde.