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Golpe do bilhete premiado: polícia prende suspeitos e estima prejuízo milionário

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As investigações tiveram início em 2021, quando mais de 20 vítimas, a maioria idosos, caíram no golpe do bilhete premiado — Foto: Alex de Jesus - 30.12.2016

O crime era praticado em todo o Brasil, especialmente na Região Metropolitana de Porto Alegre, e estava sendo investigado desde 2021.

Vinte e três pessoas de quatro estados do Brasil foram presas na manhã deste domingo (7/05), suspeitas de aplicar o golpe do bilhete premiado no país. Os mandados de prisão e de busca e apreensão ocorreram no Rio Grande do Sul, com 18 presos, Santa Catarina (1), Paraná (3) e Espírito Santo (1). Além disso, outras cinco pessoas já detidas no sistema prisional respondem pelo crime.


No Rio Grande do Sul, agentes da Polícia Civil cumpriram mandados de prisão e busca e apreensão nos municípios de Passo Fundo, Caxias do Sul e Farroupilha. Em Santa Catarina as ações ocorreram em Itajaí, Camboriú e Balneário Camboriú. Já no Paraná, foram cumpridos mandados em Pinhais, São José dos Pinhais e no município de Colombo. Em Vila Velha, no Espírito Santo, policiais civis também realizaram uma prisão.

A delegada da 3ª DP de Canoas (RS), Luciane Bertoletti, disse que entre os detidos, estão os líderes dessa quadrilha. “As ações de hoje resultaram em 23 suspeitos detidos, sendo que 5 em Caxias do Sul e 13 em Passo Fundo, cidade a qual é considerada pela polícia como o ‘berço do bilhete premiado'”, afirmou. Segundo ela, os estelionatários, têm até “escolas”, onde ensinam os interessados a praticar o crime.

De acordo com ela, o golpe “consiste em fazer com que a vítima, geralmente idosa, acredite estar diante de uma oportunidade de se tornar um milionário e é convencida” pelos criminosos. A vítima é abordada em via pública e o estelionatário se passa por uma pessoa humilde, com um bilhete premiado em mãos. Em seguida, outros golpistas aparecem em cena, simulam ajuda e confirmam o suposto bilhete como verdadeiro.

Depois, os bandidos simulam telefonema para o gerente de uma agência bancária, que confirma o suposto bilhete como verdadeiro Na sequência, convencem a vítima a transferir valores e entregar cartões para o falso vencedor, como garantia para o recebimento do prêmio. A vítima, inocentemente, acredita que irá ficar com parte da premiação. O crime geralmente ocorre perto de bancos.

As investigações tiveram início em 2021, quando mais de 20 vítimas, a maioria idosos, caíram no golpe do bilhete premiado. A Polícia Civil gaúcha estima prejuízo de cerca de R$ 1 milhão. Os detidos serão enquadrados nos crimes de estelionato e associação criminosa. (Estadão Conteúdo)

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