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Fim das coligações é novidade na eleição para vereador em novembro

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A regra é clara. E diferente para as próximas eleições municipais, em novembro. A exemplo do que já havia acontecido no pleito estadual/federal de 2018, as coligações entre partidos estão proibidas para formação das chapas de candidatos a vereador.

Para o eleitor, nada muda mas, para as siglas – especialmente as menores -, cria-se um novo desafio. Se até 2016 elas se valiam das alianças com legendas mais fortes para conseguir eleger representantes, desta vez terão de se virar sozinhas e apostar no poderio de seus próprios nomes.

O principal desafio será superar o coeficiente eleitoral, que é a divisão dos votos válidos pelo total de cadeiras disponíveis. O partido que somar menos votos no total, fica de fora da composição da Casa.

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Para o professor Carlos Ranulfo, do Departamento de Ciência Política da UFMG, trata-se da mudança mais radical na legislação eleitoral brasileira, ao lado da cláusula de desempenho. E que pode estar por trás do aumento do número de candidatos a prefeito.

“Uma das possibilidades é justamente a de lançar candidatos à prefeitura, para puxar votos e atingir o coeficiente. A representação dos partidos menores em muitas cidades tende a sumir. A coligação era uma maneira da legenda menor chegar ao Legislativo, pegando carona no desempenho de outra maior”.

O professor imagina que até mesmo as coligações majoritárias vão perder espaço.

“Um dos estímulos era justamente a negociação em que o candidato a prefeito forte e seu partido ajudavam no financiamento da campanha da sigla coligada. Isso agora perde o sentido, tanto mais que o prefeito normalmente não enfrenta uma oposição sistemática. O vereador depende muito do Executivo”, conclui.

Outro fenômeno que se verifica é a migração dos atuais parlamentares para o partido do prefeito. Em Belo Horizonte por exemplo, numa tentativa de se valer da visibilidade e de uma provável boa votação da sigla, houve uma migração para o partido de Alexandre Kali (PSD) . Dos dois vereadores eleitos em 2016, a bancada cresceu para 13. Em grande parte, com a chegada de vereadores de legendas nanicas, que dificilmente proporcionariam votos para a reeleição.

Em Nova Serrana também ocorreu uma migração para o partido do atual prefeito Euzebio Lago (MDB), que em 2017 tinha 02 representantes na Câmara Municipal, e hoje conta com 05 vereadores.

Fim de legendas

Presidente do partido PSD em Minas ,  senador Carlos Viana acredita que as novas regras vão provocar o fim de algumas legendas.

“Isso vai acontecer de forma natural, e é bom para a política e para que possamos reorganizar o sistema eleitoral brasileiro”.

Ele também acredita que a tendência é de que as siglas com candidatos mais fortes às prefeituras levem vantagem – no caso, os nomes na disputa majoritária serviriam como os principais puxadores de votos também para as câmaras.

Fonte: Por Evaldo Magalhães – Hoje em dia / Texto editado e contextualizado pelo O Popular

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