Conecte-se Conosco

Saúde

Estudo descobre que remédio para diabetes pode ajudar na prevenção do Alzheimer

Publicado

em

Segundo estudo do Instituto Karolinska, da Suécia, publicado em junho na revista científica Neurology, um medicamento usado para tratar diabetes pode ajudar a proteger contra a doença de Alzheimer. Os resultados sugerem que a proteína alvo da droga pode estar envolvida no tratamento do problema neurodegenerativo.As informações são do jornal Hoje em Dia.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que aproximadamente 50 milhões de pessoas são vítimas de algum tipo de demência no mundo. Atualmente não há tratamento que possa alterar o curso dessa condição.

Por isso são importantes as abordagens alternativas, como a do estudo sueco. “Variantes que atuam em genes que codificam proteínas-alvo de um remédio podem causar mudanças fisiológicas semelhantes aos efeitos do próprio medicamento. Utilizamos essas variantes para testar o potencial de reaproveitamento de remédios já aprovados”, disse o pesquisador Bowen Tang, do Instituto Karolinska, principal autor do estudo, citado pelo site americano de notícias científicas SciTechDaily.

Os cientistas começaram identificando variantes que imitam o efeito farmacológico dos medicamentos para diabetes, ou seja, que ajudam na redução do nível de glicose no sangue. A análise foi feita em mais de 300 mil participantes do banco de dados Biobank, do Reino Unido.

O estudo descobriu variantes em dois genes que codificam a proteína alvo de uma classe de medicamentos para diabetes chamados sulfonilureias, que levam à maior liberação de insulina e ao menor risco de diabetes tipo 2.

Em seguida, os pesquisadores examinaram a ligação entre essas variantes genéticas e o risco de doença de Alzheimer. Para tanto, eles avaliaram dados de mais de 24 mil pacientes com Alzheimer e 55 mil sem a doença, que formaram o grupo de controle. Eles descobriram que as variantes associadas ao genes que são ativados pelo sulfonilureia estavam ligadas a um menor risco desse tipo de demência.

“Nossos resultados sugerem que a proteína alvo das sulfonilureias, chamada canal KATP, pode ser um alvo terapêutico para o tratamento e prevenção da doença de Alzheimer. Essa proteína é expressa no pâncreas, mas também no cérebro, e mais estudos são necessários para entender completamente todas as funções”, comentou a pesquisadora Sara Hägg, também do Instituto Karolinska, outra autora do estudo, citada pelo SciTechDaily.

Publicidade
Publicidade

Política

Publicidade