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Estoque de sangue do grupo O – pode acabar em apenas 3 dias

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Em menos de três dias, os estoques de sangue O – correm o risco de acabar no Hemominas de Minas Gerais. Esse tipo sanguíneo é o mais utilizado nas unidades hospitalares, pois é compatível com todos os outros. Isso significa que, em caso de urgência, quando não é possível realizar testes, ele é usado. “Apesar disso, apenas 6% da população tem O -. Isso é comum nos grupos negativos em geral”, explica Viviane Guerra, assessora de Captação e Cadastro da Fundação Hemominas. As informações são do Jornal O Tempo.

Além do O -, que está em “nível” classificado como crítico pelo Hemominas, os tipos O +, A -, B – e AB – também estão com estoques baixos, na faixa de “alerta” (35% abaixo do ideal) – apenas o AB + está estável, e o A + e B +, adequado.

A baixa nos bancos de sangue é ainda mais preocupante por ser janeiro, período de férias em que as pessoas não costumam doar. Outro agravante é a retomada das cirurgias eletivas desde julho do ano passado, o que aumenta demanda por sangue.

A aposentada Aurea Maria de Freitas, 85, é um exemplo de que doar sangue salva vidas. A idosa foi internada com anemia severa no Centro de Terapia Intensiva (CTI) de um hospital de Belo Horizonte na noite de Natal e precisou de transfusão. “Como tinha estoque de sangue no hospital, isso me deixou mais tranquila em relação à minha avó”, disse, agradecida, a neta Marina de Freitas.

Para que outras pessoas saiam com vida do hospital, doadores devem procurar um dos 20 postos de captação em Minas. “Atualmente, o estoque de O – está 42% abaixo do ideal. Fazemos apelo para a população doar”, ressalta Viviane Guerra.


Queda
A baixa nos estoque é explicada por um conjunto de fatores, conforme explica a assessora. “A pandemia de Covid-19, as festas de fim e começo de ano, o período chuvoso e essa onda de gripe. Tudo reflete na queda de doações”, afirma. Além disso, a queda no número de doadores já vem acontecendo ao longo dos anos no Estado.

Em 2018, foram 354.957 e, em 2021, 318.411, uma redução de 10,3%. “Estamos lidando com isso ao longo dos anos. As epidemias de febre amarela e dengue contribuíram para a flutuação entre 2018 e 2019 (348.158). Em 2020 (308.970), a diminuição foi reflexo da pandemia do coronavírus. Tivemos um discreto aumento no ano passado, mas precisamos avançar mais”, comentou Viviane.

Fique atento
Apesar do apelo do Hemominas, não pode doar sangue quem estiver com sintomas gripais ou com Covid. Essas pessoas devem aguardar 30 dias para doar sangue.

‘A sensação de ajudar alguém é gratificante’
O caso grave de fratura do fêmur da avó do biólogo Alison Menezes, 30, levou toda família a se mobilizar, em dezembro de 2021, para conseguir com que pessoas próximas doassem sangue para salvar a vida da aposentada Gilita Albuquerque Fernandes, 84. O estoque do hospital onde a paciente ficou internada estava escasso. “O banco de sangue e as doações das pessoas salvaram a vida da minha avó. É muito bom ver as pessoas se importando, ver que nós temos uma boa rede de apoio”, disse Menezes.

Já o corretor de seguros Mário Andrade, 40, é um fiel doador de sangue. O gesto de solidariedade é feito desde os 16 anos, quando viu amigos acidentados precisando de transfusão. “A sensação de ajudar alguém é muito gratificante. Você só gasta uns minutinhos, não demora nada”, afirma, convidando as pessoas a também serem doadoras

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