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Estímulo à leitura: não há idade certa para ler, mas há dicas para contribuir

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Alfabetização das crianças deve ocorrer até o segundo ano do ensino fundamental (7 e 8 anos) — Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Grande apoio é incentivo que pais, mães e responsáveis podem dar aos filhos, como a apresentação de revistinhas e jornais

Como forma de garantir o direito fundamental à leitura e à escrita, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que define quais são as aprendizagens essenciais da educação básica, propõe que a alfabetização das crianças ocorra até o segundo ano do ensino fundamental (7 e 8 anos).

Apesar disso, não há idade certa para esse aprendizado, segundo especialistas. “O tempo de aprender a ler vai variar. Há crianças que começam com 4 anos, outras com 6, 7. É preciso respeitar isso”, declarou Sérgio Porfírio, psicopedagogo educacional. Com informações de O Tempo.

Apesar disso, ele lembra a importância de que os pais, as mães e os responsáveis estimulem os filhos à leitura. “Mesmo nas famílias mais simples, tendo um espaço com luz e silêncio e um adulto que acompanhe, faça perguntas e leia em casa, com certeza, essa criança vai querer ler. As crianças, às vezes, não gostam de ler porque não veem os pais lendo”, completou.

Saúde. Um ponto que deve ser levado em conta em caso de um suposto atraso é a existência de distúrbios neurológicos, como a dislexia (atraso na leitura) e a discalculia (inabilidade matemática), que podem afetar a aprendizagem.

“A criança com dificuldade tem que passar por tratamento e ser acompanhada por profissionais, como fonoaudiólogo e psicopedagogo. É possível melhorar bastante com a reabilitação”, disse Jaqueline Bifano, psiquiatra especializada em transtornos do neurodesenvolvimento infantil. Segundo ela, o acompanhamento pode começar com uma consulta ao clínico geral na rede do Sistema Único de Saúde (SUS).

Para reforçar a alfabetização de crianças

Leitura na Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais 

Entre os projetos, a biblioteca oferece “Hora do Conto e da Leitura”, atividade de incentivo à leitura que envolve narração e leitura de histórias, contos, poesia, além de música e contato com os livros. O foco é o atendimento de grupos escolares, compostos por estudantes com idades entre 4 e 13 anos.

Há, também, a “Roda de Leitura” primeira infância (quatro a seis anos) e para crianças e adolescentes (sete a 12 anos; e 13 a 16 anos). As visitas devem ser agendadas pelas escolas no site www.bibliotecapublica.mg.gov.br/educativo. A biblioteca fica na rua da Bahia, 1889, no Centro de BH.

Tertulinha (UFMG)

O projeto reúne, mensalmente, crianças, seus professores, coordenadores e convidados para discutir a leitura de obras literárias infantis previamente selecionadas. Juntos, realizam atividades que permitem aprofundar determinado aspecto do livro a partir de vídeos, teatros de fantoches, dramatizações e conversas com especialistas sobre o autor e sua obra.

Antes do encontro, as crianças e seus professores acessam a página do Projeto na internet para participar de discussões e acessar materiais ligados à obra escolhida.

Informações: www.ceale.fae.ufmg.br

Sebos

Sebo é o nome popular dado a livrarias que compram, vendem e trocam livros usados. Os preços, nesses locais, costumam ser mais em conta. Vale a pena buscar livros infantis e revistas em quadrinhos.

Livraria e Sebo Horizonte

Rua dos Guajajaras, 180 – Centro (BH) | (31) 3273-4599

Livraria e Sebo Dona Clara

Rua São Paulo, 638 – Centro (BH) | (31) 3201-5842

Livraria online de usados

Estante Virtual: com grande variedade de obras de livros usados, o site tem preços mais baixos. www.estantevirtual.com.br

Onde adultos podem buscar alfabetização?

Educação de Jovens e Adultos (EJA): modalidade destinada a jovens e adultos que não tiveram acesso ou não concluíram o Ensino Fundamental ou Médio.

Prefeitura de BH

A matrícula para o Ensino Fundamental via EJA pode ser feita em qualquer época do ano, na escola de preferência do estudante (veja a lista de escolas aqui). Para tanto, é preciso ter no mínimo 15 anos completos. Já para o Ensino Médio, é preciso ter no mínimo 18 anos completos e a comprovação de conclusão do Ensino Fundamental, mas as aulas só ocorrem na Escola Municipal Caio Líbano Soares (rua Carangola, 288, 6º andar, bairro Santo Antônio – BH).


A PBH também oferta o APPIA, projeto pedagógico voltado para a EJA que busca inserção social e geração de emprego e renda. Em geral, o APPIA é focado em estudantes da EJA que estão desempregados ou atuando no trabalho informal. Saiba mais aqui.

Colégio Nossa Senhora das Dores 

Oferece o Ensino Médio (cada série em seis meses) gratuito para pessoas em vulnerabilidade social. Para participar, é preciso ser maior de 18 anos. Neste ano, novas turmas começam em agosto. Por isso, é necessário agendar uma entrevista com a escola no mês de julho.

Unidade Floresta: Av. Francisco Sales, 77 – Floresta (31) 3226-6993 | Unidade Pompeia: Rua Antônio Justino, 280 – Pompeia (31) 3463-2999 | www.cnsdbh.com.br/programas/eja

Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale)

Órgão complementar da Faculdade de Educação da UFMG, o Ceale oferta os projetos de Ensino Fundamental de Jovens e Adultos em duas etapas (1º ao 5º ano e 6º ao 9º ano) e de Ensino Médio de Jovens e Adultos (PEMJA), coordenados pelo Centro Pedagógico e pelo Colégio Técnico (COLTEC) da UFMG.

Mais informações: (31) 3409-5333 | ceale@fae.ufmg.br


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