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Esquerda e direita, uns contra os outros!

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Vivemos nos últimos tempos um acirramento de correntes ideológicas políticas, que teoricamente se dividem entre direita e esquerda, isto no plano nacional. Essa “luta” entre as duas correntes pelo poder trouxe uma observação importante: uma corrente querendo que a outra se dê mal quando está no poder.

A esquerda hoje está fora do poder no âmbito nacional e estranhamente o que vemos é uma torcida ferrenha, para que o representante eleito da direita se arrebente na condução do país. Uma torcida tosca, ingênua, burra e porque não dizer masoquista.

Ora! Podemos dizer que torcer contra um presidente eleito para que ele se dê mal só porque é de uma corrente ideológica política diferente da sua é o mesmo que estar num avião pilotado por alguém que você odeia e torcer para que o avião caia e o piloto se ferre!

Não há qualquer diferença entre as situações, pois, vivemos num país que se o presidente se lascar todos nós sairemos prejudicados, não há esse ou aquele que não sofrerá as consequências do desastre.

No plano estadual e municipal, embora não encontremos um acirramento de correntes políticas ideológicas, encontramos grupos políticos derrotados e vencedores numa guerra estranha, onde da mesma forma do plano nacional, o grupo perdedor torce para que o vencedor se saia mal. De novo, encaro essa torcida como tosca, burra e masoquista, pois, se o seu representante eleito se der mal, seu Estado, sua cidade se dará mal e você sofrerá as consequências.

De fato, a compreensão dessa situação não é algo difícil, no entanto, o que vemos é o crescimento da torcida do contra, do quanto pior melhor. Efetivamente o que posso entender é que se trata de um masoquismo mesmo, o prazer sentido pelo próprio sofrimento.

Entender e aceitar essa situação é algo bastante difícil, como a paixão por uma corrente política ideológica ou por um determinado grupo político, pode levar as pessoas a não se importarem de buscar o próprio sofrimento.

Não sei se poderíamos denominar essa torcida de fanatismo, o que poderia nos direcionar a uma comparação um pouco mais dura, talvez até com os Kamikazes japoneses da segunda guerra mundial, que partiam em missões suicidas, direcionando seus aviões para alvos específicos e explodindo juntos com ele no intuito de destruir o inimigo.

Tenho comigo que a comparação acima não fugiria muito da nossa realidade, essa torcida contra os representantes eleitos, sejam eles no plano federal, estadual ou municipal é na verdade uma atividade “suicida”.

O que resta àqueles que ainda possuem sensatez de entender que não dá para torcer contra o piloto do avião do qual se está dentro, é que os do contra possam enxergar a real situação.

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