Em Divinópolis a equipe da TV Candidés foi hostilizada e impedida de realizar a cobertura de protestos que bloqueavam parcialmente a rodovia MG 050 próximo ao Posto Marçal.
O registro das agressões foi feito pelos próprios profissionais da TV Candidés enquanto eram expulsos com empurrões, palavras de baixo calão e ameaças feitas por dois apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os profissionais agredidas na ocasião foram o repórter Victor de Castro e o cinegrafista Wesley Mourão do local, a quem este Popular presta seu apoio e solidariedade.
Agressor identificado
Assim que foram divulgadas as imagens da absurda agressão sofrida pela equipe da TV Candidés na manifestação realizada na MG-050, em Divinópolis, o agressor foi identificado nas redes sociais.
Conforme publicado pelo portal Divinews, o agressor é um empresário com idade de 50 anos, tem uma confecção e loja de roupas localizada na rua Pernambuco em Divinópolis.
Segundo publicado pelo portal Divinews, depois de ser reconhecido, o empresário restringiu o acesso às publicações dele no Instagram. Nas fotos que costuma publicar, o empresário aparece viajando pelo Brasil e por outros países, além de compartilhar conteúdos em defesa de Bolsonaro e da família.
Cabe destacar que após a repercussão do caso “manifestante” não se pronunciou sobre a agressão aos jornalistas em suas redes sociais.
Nas imagens da TV Candidés é possível ver quando Cleber dá um empurrão no repórter da emissora. Ele e outros manifestantes gritam com a equipe de jornalistas, obrigando que os profissionais deixem o local. E fazem ameaças.
Por meio e nota publicada em seu portal, a Associação Mineira de Rádio e Televisão (AMIRT) repudiou os atos hostis contra a equipe de profissionais da TV Candidés e aponta que é inadmissível que a imprensa seja impedida de realizar o seu trabalho de levar informações de interesse público para a sociedade.
Confira a nota na integra:
Nota de Repúdio
A Associação Mineira de Rádio e Televisão (AMIRT)vem, por meio desta, expressar de forma veemente o seu repúdio contra as agressões ao repórter Victor de Castro e ao cinegrafista Wesley Mourão da TV Candidés, integrada ao Sistema MPA, que realizavam a cobertura das manifestações em Divinópolis, na região Centro-Oeste de Minas Gerais.
Por volta das 9h, desta terça-feira (1º), os profissionais realizavam a cobertura das manifestações, que ocorrem em um trecho da MG-050, próximo ao Posto Marçal. A equipe abordou uma motorista que estava parada no trecho e, neste momento, eles foram abordados por dois manifestantes, um deles com um guarda-chuva em mãos.
O repórter e o cinegrafista foram empurrados, agredidos verbalmente com palavras de baixo calão. Além disso, os dois manifestantes fizeram ameaças e tentaram pegar a câmera da equipe. Devido a situação, foram obrigados a deixar o local.
A AMIRT se solidariza com os profissionais. Independente das divergências de opiniões, a entidade também enfatiza que é inadmissível que a imprensa seja impedida de realizar o seu trabalho de levar informações de interesse público para a sociedade.
Conforme a declaração de Chapultepec (1994):
I – Não há pessoas nem sociedades livres sem liberdade de expressão e de imprensa. O exercício dessa não é uma concessão das autoridades, é um direito inalienável do povo.
II – Toda pessoa tem o direito de buscar e receber informação, expressar opiniões e divulgá-las livremente. Ninguém pode restringir ou negar esses direitos.
Luciano Pimenta Corrêa Peres
Presidente da AMIRT
Veja o vídeo da agressão