Editorial - Opinião sem medo!
Entre ter razão e ser feliz, precisamos ter a razão
Pela internet sempre se lê nos posts pelas redes sociais a afirmativa “entre ter razão e ser feliz é melhor ser feliz”. A frase que tem uma aplicação em certos momentos até engraçada, diz respeito ao fato de que entrar em um debate nem sempre é a melhor coisa a se fazer.
Nós do jornal O Popular temos o hábito, ou melhor, a missão de entrarmos em debate e não com o intuito de vencer, mas sim com o intuito de reproduzir e divulgar para nossos leitores o que tem ocorrido nos mais diversos segmentos de nossa cidade.
Porém para que nossa missão seja cumprida com eficácia, é necessário que nós, como comunicadores tenhamos mais do que a razão, é necessário que tenhamos consciência e comprovação daquilo que divulgamos, deixando assim de lado o achismo.
No final do mês de agosto nós entramos em uma discussão. Entramos em um embate pelo fato de termos divulgado em nosso Diário que um dos candidatos da cidade estaria prestes a ter sua candidatura indeferida.
Para que a matéria fosse publicada, cumprimos como o manual, entramos em contato com o cidadão que afirmou não ter ciência do assunto, mas que iria acionar seus advogados para que as providências fossem tomadas.
Na ligação alegamos e explicamos que tínhamos em mãos conhecimento sobre a denúncia do Ministério Público Eleitoral (MPE) e que contratos assinados após o prazo exigido por lei de descompatibilização, era o motivo do processo.
Ainda assim o candidato manteve seu posicionamento, conosco, porque instantes depois de ter nossa matéria divulgada em nosso portal de notícias, um vídeo foi postado onde se deu a entender que nós estaríamos agindo de forma politiqueira a mando de velhas raposas da política pelo fato de que ele “com toda sua expressividade política”, estaria os incomodando.
Bom, ficamos calados diante dos fatos e agora com o tempo o que se tem é uma decisão judicial, o que se tem agora é o martelo batido com o entendimento de um jurista do Tribunal Regional Eleitoral, que acatou a denúncia, apresentou seus argumentos e tornou a candidatura indeferida.
Quanto a notícia, você caro leitor, pode ler nossa matéria de capa e entender os trâmites dos contratos que renderam mais de R$ 1,1 milhão, contratos esses que foram assinados recentemente e de processos que dispensaram licitação ou que não houveram concorrência, o que pra nós é no mínimo curioso.
Porém queremos chamar a atenção não somente para o fato dos contratos, mas para o fato de que tem se prometido e afirmado que está na hora de se fazer uma nova política, e a negativa diante de fatos constatados são apenas mais um pouco da velha prática política.
É necessário que os candidatos tenham culhão para assumir os erros, afirmativas, condições e limitações. É necessário que se pratique algo diferente do que temos visto e no caso do candidato, ou melhor, até que se tenha um recurso ex-candidato, onde se negar e iludir eleitores com falácias de quem está na mídia seja abominado da política.
Muitos candidatos tem enchido a boca para falar que querem uma nova política, mas como fazê-la de fato não se sabe. E partindo desse principio permanecem com as velhas práticas mascaradas com um sorriso e maquiagem no rosto, além é claro de um bom designer para fazer boas peças publicitárias.
A você caro leitor, aqui deixamos claro nosso repúdio para aqueles que não tem propostas, para aqueles que não assumem suas responsabilidades, para aqueles que caem de paraquedas na política e a querem fazer com o intuito de se beneficiar do sistema corrupto.
Queremos aqui deixar claro que aplaudimos a todos os candidatos de nossa cidade que fazem propostas concisas, que levam ao pé da letra a missão e o trabalho político e principalmente, para aqueles que são verdadeiramente honrados para assumirem suas responsabilidades e limitações.
Finalizando convidamos você a refletir muito bem na hora que for digitar seu voto nas urnas eletrônicas. Você tem a responsabilidade de avaliar e aprovar aqueles que serão responsáveis pelo nosso país, e assim sendo, esperamos que aqueles que praticam as velhas manobras politiqueiras, mesmo sendo novos no cenário eleitoral, fiquem de fora dos próximos anos de nossa história.