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Educação

Educação no vermelho: Pesquisa indica possível ‘apagão’ de professores no país

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Aretha decidiu trocar as salas de aula pelo ensino voltado para adultos particularmente — Foto: Flavio Tavares / O Tempo

“Eu diria para não ir por esse caminho. Há outras possibilidades para um futuro melhor, áreas que te valorizam mais”. O conselho que Aretha Soyombo, de 27 anos, daria a quem pretende ser professor no Brasil reflete o cenário em que se encontra a profissão no país: faltam docentes. Com informações de O Tempo.

Pesquisa divulgada em dezembro de 2023 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) indica que em Minas as matérias que mais preocupam são língua portuguesa, língua estrangeira, educação artística, matemática e ciências + biologia.

Feito de 2019 a 2021 com foco na demanda de 2022, o levantamento mostra que o número de estudantes que estavam prestes a se formar e já atuavam nas salas de aula dessas disciplinas era insuficiente. Em uma escala de 0 a 1 em que 1 significa demanda atendida, o índice em língua estrangeira foi 0,23; 0,47 em educação artística; 0,50 em ciências + biologia; 0,54 em língua portuguesa; e 0,78 em matemática. No Brasil, todas as 12 matérias do estudo estão abaixo do mínimo necessário.

É um “apagão” na docência, afirma João Valdir de Souza, professor de sociologia da educação da UFMG que acredita que nos próximos anos será uma situação ainda mais difícil de ser solucionada. “É um problema histórico, que se agravou e tende a piorar. Não faltam profissionais. Falta atratividade para as salas de aula. Enquanto houver apenas um discurso vazio de valorizar a educação, nada será mudado. A situação é muito mais grave do que se imagina”, analisa.

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