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Economia

Dívidas: saiba se o seu CPF está negativado e como resolver a situação

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Pagar as contas em dia e manter a vida financeira no “azul” é o objetivo de todos, porém, nem sempre isso é possível. Quando a situação complica e a pessoa fica com “nome sujo” na praça, significa que ela teve o Cadastro de Pessoa Física (CPF) incluído em bancos de dados de proteção ao crédito e precisa correr atrás para a dívida não aumentar e reverter a fama de má pagadora.

No Brasil, o principal banco de dados de restrição ao crédito no Brasil é gerido pela Serasa Experian em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Segundo o orgão, em maio deste ano, o país atingiu o número de 62,5 milhões de inadimplentes, sendo que o valor médio das dívidas por negativado é o maior dos últimos doze meses, chegando a R$3.937,38.

Os dados constam no “Mapa Inadimplência no Brasil”, divulgado mensalmente pela Serasa. Eles contemplam pessoas maiores de 18 anos, mas a principal faixa etária endividada está entre 26 e 40 anos. Já os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Paraná são os que mais possuem consumidores inadimplentes.

Mas e como saber se o seu CPF está entre os das pessoas como “nome sujo”? No site da Serasa, qualquer pessoa pode consultar, gratuitamente, qual a situação. O serviço também está disponível em aplicativo de celular.

Gerente da Serasa, Matheus Moura diz que qualquer pessoa consegue fazer a consulta de forma bem simples. “Primeiro vc acessa o site do Serasa, faz um cadastro e já acessa os dados, tudo gratuito. O mesmo também pode ser feito pelo aplicativo. Além disso, é possível ir nos Correios, mediante uma pequena taxa, e fazer essa consulta. Nela já sai se ela tem dívidas, o nome da empresa, o valor da dívida e a pontuação do score. No app e site já sai até proposta de negociações até com descontos”, explicou.

Moura ressalta que, assim que reconhece a dívida, a orientação é que o consumidor busque fazer o pagamento para evitar transtornos. “Entre os principais problemas de ter o CPF incluso no cadastro é a perda do acesso ao crédito. A pessoa não consegue conseguir cartão de crédito em bancos, não consegue fazer um consórcio. Fora a questão emocional, pois gera uma carga muito grande”, destacou.

A Serasa também oferece serviços de consulta pagos que permitem, por exemplo, consultar CPF ou CNPJ de terceiros. Além disso, a empresa oferta um serviço de monitoramento do próprio CPF.

“A gente tem o Serasa Premium, que é um serviço de monitoramento de dados. Com ele é possível saber quais empresas estão consultando seu nome, se teve dados vazados na dark web. O plano anual custa R$ 169 e o mensal, R$ 19,90. Qualquer pessoa física pode assinar esse serviço”, explicou o gerente.

Negociação

Moura explica que, ao consultar no site ou app da Serasa a situação do CPF, caso haja alguma dívida, o sistema já oferece formas de negociação com as empresas parceiras. “Ali mesmo vai ter opções de parcelamento ou pagamento com algum desconto. É só gerar e baixar o boleto e fazer a quitação na rede bancária. Tudo em menos de 3 minutos é possível resolver”, afirmou.

Após o pagamento do acordo, a empresa envia a documentação para a Serasa e, de cinco a sete dias úteis, a restrição ao crédito sai do CPF.

No entanto, caso a empresa não seja parceira da Serasa, a pessoa terá que entrar em contato diretamente para resolver a situação. “Aí o certo é que ela entre busque essa negociação o mais rápido possível, pois vale ressaltar que as dívidas seguem aumentando com os juros”, ressalta o gerente.

Outra forma do nome sair do banco de dados do Serasa é pela prescrição da dívida. Atualmente, de acordo com o Código Civil, o prazo máximo para isso no Brasil é de dez anos. Porém, a maioria das dívidas que levam o consumidor pessoa física a ter o nome negativado tem prazo de prescrição de cinco anos.

Uma vez prescrita, a dívida não pode mais ser cobrada e, por isso, a pessoa pode solicitar a exclusão de seu nome do cadastro de restrição ao crédito.

Mas o gerente da Serasa ressalta que, mesmo com a prescrição, os transtornos gerados pela dívida não vão deixar de existir.

“Se você tem uma dívida, normalmente depois de cinco anos ela vai sair dos sistemas de proteção ao crédito. Porém, as restrições no mercado continuam. Dificilmente a pessoa conseguirá fazer uma compra com carnê, por exemplo, naquela determinada empresa em que foi negativado. Se a dívida for com banco, será quase nula a possibilidade de pegar um novo financiamento ou cartão na mesma instituição no futuro”, ressalta.

Score

Quando a pessoa consulta se há alguma restrição no CPF, ela também é informada sobre o seu score. Ele consiste em uma pontuação que vai de 0 a 1 mil, que indica quais as chances de um determinado consumidor pagar as contas corretamente nos próximos 12 meses e, por isso, é um dos itens avaliados para a concessão de empréstimos, financiamentos e cartões.

“O score tem um peso na sua pontuação e ela mede a confiança. Uma dívida tem um peso alto, então a tendência é que o número de quem está com restrição seja baixo. Mas, depois de paga a dívida, o score volta a subir com o tempo. Não existe um período exato, pode voltar mais rápido ou devagar. O tipo de dívida, o valor, por quanto tempo a pessoa ficou devendo, tudo isso conta para essa avaliação”, explicou Moura.

Serasa Limpa Nome

A Serasa realiza feirões para ajudar os consumidores a pagar suas dívidas com descontos e voltarem a ter o “nome limpo”. Entre as ações está o “Limpa Nome”, plataforma que permite a renegociação de mais de 14 milhões de dívidas por até R$100 com descontos que podem chegar a até 99%.

Neste ano, a campanha começou no dia 12 de julho e vai até o dia 22 de agosto. Segundo o órgão, as negociações já feitas por meio da plataforma contabilizam mais de R$ 684 milhões em descontos concedidos em mais de meio milhões de acordos fechados apenas na primeira semana.

Com mais de 24 empresas parceiras em diversos segmentos, os acordos são fechados em menos de três minutos e as consultas podem ser feitas de forma gratuita nos canais oficiais do Serasa Limpa Nome.

Clique aqui para saber mais sobre a campanha.

 

Fonte: Metro

Foto: Divulgação

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