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Minas

Diretora e professoras de EMEI são suspensas após aluno ferido em Minas

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A Prefeitura de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, decidiu suspender a diretora e duas professoras da EMEI Parque das Cachoeiras. A decisão ocorre após o aluno Benício Camilo, de três anos, “aparecer” com diversos hematomas pelo corpo e um corte na cabeça na última terça-feira (3/5). As informações são do Jornal O Tempo.

As profissionais ficarão afastadas até que resolução do caso pela Polícia Civil. Elas continuarão a receber os respectivos salários normalmente.

A mãe chegou a afirmar que um dos médicos por onde o filho passou afirmou que a criança não foi agredida, mas sim, torturada.

A Polícia Civil de Minas Gerais informou que a “investigação encontra-se em andamento e, por determinação, as informações completas serão repassadas apenas com a conclusão dos trabalhos”.

O Executivo de Brumadinho não divulgou quem são as professoras e quais seriam os envolvimentos delas com o caso. Segundo a Izabella Camilo, mãe do garoto, a diretora ligou pra ela por volta de 10h40 para falar que o filho tinha caído e se machucado. Após a responsável pela criança ver a gravidade das lesões e contestar a versão, a diretora disse que na verdade as lesões foram causadas por outro aluno.

Ainda segundo a mãe, a professora de Benício ligou para ela e disse que não sabia o que tinha ocorrido, já que ela saiu da sala para levar um aluno ao banheiro e quando voltou o menino já estava ferido e ensanguentado.

Denúncia contra a diretora

A reportagem de O TEMPO conversou nesta quinta-feira (5) com Denisiana Nunes França, que trabalhou no ano passado na EMEI Parque das Cachoeiras. Ela acusou a diretora de praticar maus-tratos no ano passado contra o aluno que foi apontado nesta semana como o agressor no episódio envolvendo Benício.

“O primeiro contato de defesa da criança é a mordida. Então ela (a criança) mordia o coleguinha. Para oprimir a criança, a diretora levou ela na cozinha e espremeu um limão na boca da criança falando que era pimenta para ela não morder mais. Ela chamava menino de horroroso, falava que o menino estava fedendo, esse tipo de coisa”, declarou.

Uma conversa que seria entre Denisiana e a diretora foi compartilhada em grupos da escola, em que a ex-funcionária confronta a responsável pela escola sobre o episódio. Ao ser questionada de não fazer o mesmo com um aluno com atitudes semelhantes, a diretora alega que “fez também”.

Defesa da prefeitura

Por meio da assessoria de imprensa, a prefeitura disse que a denúncia da ex-funcionária não procede e que esse tipo de situação “não faz parte do protocolo do município”. Questionada sobre a inércia da Secretaria de Educação acerca da denúncia, o órgão de comunicação afirmou que “não teria como tomar providência de algo que não tinha prova e é subjetivo”.

Imagens das câmeras foram recolhidas

De acordo com a Prefeitura de Brumadinho, as imagens das câmeras de segurança da EMEI foram recolhidas nesta quinta-feira pela Polícia Civil. A administração municipal alega que iria pegar essas imagens na quarta-feira, mas optou por não fazer antes da Polícia Civil.

Por meio das redes sociais, a mãe de Benício disse que a secretária de educação foi até a EMEI e tentou ter acesso às imagens, mas que ela não permitiu que isso fosse feito sem a presença da polícia ou sem que ela acompanhasse.

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