Governo Federal
Dino sobre retirada de manifestantes: “Eu quero crer que o amor vá funcionar”
“O ministro (José) Múcio tem conduzido esse trabalho persuasivo. É claro que, decorridos esses primeiros dias de governo, a nossa expectativa é de que essa persuasão funcione, ou seja, que as pessoas se convençam de que elas têm todo o direito de não gostar do governo, mas que elas não têm o direito de descumprir a lei em nome de não gostar do governo”, justificou o ministro, empossado na última segunda-feira (2).
Caso não haja a saída dos ocupantes, Dino adiantou que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), irá acionar o ministro da Defesa e que o próprio ministro da Justiça estará à disposição de Múcio para utilizar os “mecanismos necessários” para o cumprimento da lei.
Tranquilidade no início de governo
Sobre a situação política atual do país e as tensões após a eleição de outubro do ano passado, Dino disse já haver condições bem melhores, na comparação com o mês passado, quando incidentes violentos assombram a capital federal às vésperas da posse de Lula.
“Houve uma escalada de violência política de ódio, que chegou a algo inimaginável, de alguém tramar explodir uma bomba no aeroporto da capital do país. Ou seja, matar centenas de pessoas, quiçá milhares, dependendo das repercussões que houvesse”, comentou.
“Quando nós olhamos (para) hoje, para este início de janeiro, sim, melhorou muito, e a nossa expectativa é de que essa melhoria continue e que nós possamos ter a normalização das relações sociais e das relações institucionais. Não significa concordância e não significa negação da pluralidade, mas significa cumprimeto da lei”, disse, ainda, o novo ministro.