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Dia da cachaça: Bebida que inspira composições e grandes escritores

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Ela está presente nas músicas e obras brasileiras

Eu bebo da pinga porque gosto dela
Eu bebo da branca, bebo da amarela
Bebo nos copo, bebo na tigela
E bebo temperada com cravo e canela
Seja quarqué tempo, vai pinga na guela
Ê marvada pinga!

cachaça não está so no bar, ela inspirou a criação de composições memoráveis ao longo dos tempos e, desde sempre, está presente na música popular brasileira.

“Cito como marco inicial A Marvada Pinga, eternizada na voz de Inezita Barroso, que tem autoria desconhecida e conta a paixão de um caboclo pela pinga”, afirma o advogado e DJ Glauco de Oliveira Cardoso Brandão.

Na mesma toada, segundo Glauco, vale a pena citar Pinga Nimim, de Sérgio Reis, grande sucesso que até hoje é lembrado. Os bailes de carnaval também exaltam a cachaça. A marchinha Turma do Funil, de Mirabeau, e Eu Bebo Sim, na voz de Elizeth Cardoso, sempre estão presentes nos carnavais e nas rodas de amigos mais animados.

De acordo com o DJ, o rock também diz presente quando o assunto é cachaça e alguns exemplos são: Pato Fu (Pinga), Titãs (Um Copo de Pinga), Raul Seixas (Movido a Álcool), Vanguart (Cachaça) e até Ratos de Porão (Beber até Morrer) pagam tributo à bebida.

“Mas nem tudo é alegria quando se fala de cachaça. Há os que sofrem por amor e buscam na branquinha, ou amarelinha, o consolo do término do relacionamento. Nesse sentido, vale a pena citar Garçon, na voz de Reginaldo Rossi”, ressalta.

A bebida mais popular do país, também está presente na obra de nossos grandes escritores, que utilizam bastante da cachaça nas narrativas de suas histórias. “É o caso de A Morte da Morte de Quincas Berro D’Água, de Jorge Amado, e o Menino do Engenho, de José Lins do Rego”, pontua o DJ.

Com uma produção nacional de aproximadamente 1,3 bilhão de litros por ano, a bebida tem até data comemorativa, criada pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac) e celebrada anualmente em 13 de setembro.

Foi descoberta pelos escravos, no século XVI, e é produzida através da fermentação e destilação do caldo da cana-de-açúcar.

“A cachaça pra mim é uma possibilidade de expressão da nossa regionalidade. Um líquido que agora vem sendo valorizado e que diz muito sobre nós”, afirma o gastrônomo Gabriel Vieira Faria Gomes.

Mas seja pinga, cana, catiça, branquinha ou marvada, quem não ‘peitar’ uma virada, é melhor ficar na água.

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