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Nova Serrana


Denúncia de não funcionamento do bloco cirúrgico do Hospital Santa Mônica é negada pelo grupo Notre Dame Intermédica

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Prefeitura afirma que todo o valor de R$ 4,6 milhões relacionado à contraprestação de serviço pela doação do terreno já foi utilizado pelo município

Após ser questionado o funcionamento de serviços que devem ser prestados pelo Hospital Santa Mônica em Nova Serrana, durante reunião ordinária, e recebimento de denúncia neste Popular, afirmando que a unidade está com o Bloco Cirúrgico fechado, nossa reportagem entrou em contato com o setor de comunicação da unidade gerida pelo grupo Notre Dame Intermédica que garantiu o pleno funcionamento do hospital.

Segundo nota encaminhada, contrariando a denúncia recebida por nossa equipe, o bloco cirúrgico do Hospital Santa Mônica em Nova Serrana está equipado e em pleno funcionamento.

Entenda o caso

Ainda em 2021, mais especificamente no mês de novembro, o vice-líder do governo na Câmara Municipal, vereador Dué (PSD), após a circulação de um áudio amplamente divulgado nas redes sociais, onde uma pessoa questionava uma informação recebida por um conhecido ex-funcionário do hospital, que indicava o fechamento do centro cirúrgico e do Centro de Tratamento Intensivo (CTI) da unidade.

Diante da repercussão do áudio, Dué afirmou que esteve no Hospital Santa Mônica, conversou com os gestores da unidade que garantiram que o bloco cirúrgico está em pleno funcionamento, inclusive que têm sido negociados junto a Secretaria Municipal de Saúde, procedimentos a serem realizados em Nova Serrana.

Na ocasião o vereador afirmou que “o centro cirúrgico continua funcionando normalmente, inclusive o hospital vem negociando com a secretaria de saúde sobre a realização de cirurgias”.

Há duas semanas, no entanto o vereador Willian Barcelos (PTB) trouxe novamente o assunto a tona, e chegou a solicitar a mesa diretora que oficiasse a administração municipal, solicitando uma reavaliação do contrato e da prestação de serviço do Hospital Santa Mônica em Nova Serrana.

Willian indicou que caso os serviços não estivessem sendo regularmente prestados a administração municipal deveria ter o mesmo rigor, que teve com a Copasa, quebrar o contrato com o Grupo Notre Dame e reaver o prédio do Hospital Santa Mônica para o município.

Após a circulação da matéria, este Popular recebeu a informação de que procedimentos cirúrgicos que deveriam ser realizados na unidade foram negados, sendo inclusive uma paciente que necessitava de uma cirurgia de retirada do apêndice, encaminhada para uma unidade de saúde em outra cidade para realizar o procedimento.

Notre Dame se manifesta

Diante das afirmações e denúncias este Popular entrou em contato com a Diretoria do Hospital Santa Mônica em Nova Serrana e fomos encaminhados ao setor de comunicação que prontamente atendeu a nossa reportagem.

Segundo apontado em nota encaminhada o Hospital Santa Mônica em Nova Serrana, segue com seu bloco cirúrgico equipado e atendendo dentro da normalidade. Confira a nota completa:

Nota à imprensa 

O Grupo NotreDame Intermédica esclarece que todas as estruturas do Hospital Santa Mônica, em Nova Serrana, inclusive o bloco cirúrgico, estão em pleno funcionamento, equipadas com instrumental e insumos para uso imediato.  

Como anda o contrato com o município

Diante das colocações feitas pelo vereador Willian Barcelos na última semana, o jornal O Popular questionou a administração municipal sobre o contrato firmado com o grupo Santa Mônica, e sobre a possível fiscalização sobre a prestação de serviços na unidade.

Ao ser questionado sobre os valores relacionados à contraprestação de serviços por parte do hospital, referente a doação do terreno para a construção da unidade, a Prefeitura afirmou que todo o valor já foi utilizado pelo município.

“A lei municipal autorizou uma “Doação com Encargos” no valor superior a R$ 4,6 milhões e já foi totalmente utilizado pelo município… Nosso contrato era para atendimento das urgências e emergências, após negativas do SUS Fácil e esses atendimentos foram realizados de forma adiantada, no Hospital Santa Mônica em Divinópolis”.

A Administração também informou não ter ciência sobre o possível não funcionamento do Bloco Cirúrgico do Hospital Santa Mônica, e ao ser questionada sobre a fiscalização da vigilância sanitária na unidade, a gestão municipal informou tal questão é responsabilidade do Estado.

“A fiscalização relacionada a funcionamento de hospitais está a cargo da Vigilância Sanitária Estadual, através da Superintendência Regional de Saúde”.

Por fim a Prefeitura foi questionada e confirmou que sim, tomará alguma atitude caso haja confirmação de alguma irregularidade por parte do hospital quanto ao contrato firmado com o município.

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