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Consumo consciente é essencial para continuidade do abastecimento de água durante estiagem

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Foto: Copasa/Divulgação

Água é um recurso limitado e, durante o período de estiagem, sua utilização de maneira consciente é ainda mais importante. Em períodos normais, a Unidade de Negócio Oeste (UNOE) da Copasa, segmento da empresa que abrange 58 municípios no Pontal, Alto Paranaíba, Triângulo e Noroeste do Estado, distribui diariamente, em média, 200 milhões de litros de água aos seus 844.719 clientes. Na época da seca, esse volume pode chegar a 260 milhões de litros por dia, um aumento de 30% do consumo, evidenciando uma relação inversamente proporcional e preocupante.

Nesta época do ano, enquanto de um lado a elevação das temperaturas leva a esse aumento do consumo de água, do outro, o clima quente e a falta de chuvas ocasionam uma baixa no volume dos mananciais que abastecem os municípios, gerando a escassez hídrica. Quando isso ocorre, o desperdício se reflete nas chamadas intermitências, que consistem em faltas d’água por curtos intervalos de tempo ou na sua chegada aos imóveis com baixa pressão. E em casos extremos, resulta nos rodízios, situações nas quais partes de uma cidade são abastecidas apenas em datas e horários específicos, conforme um cronograma pré-estabelecido com autoridades e agências reguladoras.

Medidas simples podem evitar a instauração de racionamentos de água e assegurar o abastecimento para todos. Por exemplo:

Fechar a torneira ao escovar os dentes, tomar banho, fazer a barba ou lavar louça, abrindo apenas no momento de enxaguar;

  • Tomar banhos curtos;
  • Juntar a roupa suja e lavar somente uma vez por semana;
  • Reaproveitar a água da máquina de lavar para higienizar áreas externas dos imóveis;
  • Regar plantas com regador e não com mangueira, além de priorizar horários antes das 10h ou após 16h;
  • Em vez de lavar o quintal, utilizar a vassoura para limpá-lo;
  • Lavar o carro com balde, e não com a mangueira.

Condições climáticas extremas

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), uma crise hídrica já atinge vários municípios brasileiros. Alguns estão há 150 dias sem chuvas, como é o caso de Matutina, no Alto Paranaíba. Conforme pluviômetros da Copasa, em Conquista, na mesma região mineira, não chove há 165 dias. O caso se repete em Córrego Danta (147 dias), Tapiraí (146 dias), Bambuí e Medeiros (145 dias), em Araxá, Pedrinópolis, Perdizes, Santa Juliana, São Gotardo e Tapira (144 dias), dentre muitos outros.

Somadas às estiagens, estão também as queimadas, que contribuem para o aumento das temperaturas, para a poluição e inclusive prejudicam o abastecimento, causando entupimentos das bombas que estão em mananciais de captação e provocando aumento do consumo, já que, devido às fuligens, a população tende a higienizar os imóveis com maior frequência.

Conforme o “Programa Queimadas”, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil registrou mais de 152 mil focos de incêndio neste ano. O número supera o dobro dos casos documentados no mesmo período em 2023. Somente em Minas Gerais, até o momento, quase 7 mil queimadas já foram registradas.

Outros fatores que também favorecem o aumento do consumo são as ondas de calor. Nos últimos anos, esses fenômenos têm se intensificado. Segundo à MetSul meteorologia, o Brasil está sob a influência de uma massa de ar extremamente seco e quente, o que também resulta em umidade muito baixa.

Embora não seja possível controlar fatores externos, repensar hábitos de consumo impacta diretamente no ecossistema (pois utilizar água de forma consciente ajuda a preservar todas as formas de vida no planeta e garante às gerações futuras o acesso aos recursos naturais), na economia (já que, com contas mais baratas o capital pode ser empregado também em outras esferas que movimentarão a cadeia econômica), e na sociedade (possibilitando a todos o acesso à água, que proporciona saúde, bem-estar e qualidade de vida à população).

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