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Conselheiro Benemérito do Atlético é cassado e expulso de quadro do clube

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Claudio Utsch não é mais membro do Conselho Deliberativo do Atlético - Créditos: Reprodução/Facebook

Delegado Claudio Utsch foi excluído com votação unânime no Conselho Deliberativo

O Conselho Deliberativo do Atlético aprovou, de forma unânime, a cassação e expulsão do Conselheiro Benemérito Claudio Utsch. A votação, que contou com a participação de 164 membros, aconteceu na noite desta quinta-feira (30), na sede do clube. Com informações de Itatiaia.

A cassação e expulsão do delegado da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) foi recomendada pelo Conselho de Ética e Disciplina do clube alvinegro.

“”Essa é uma pauta chata, não seria bom ser tratada. Mas não tinha outro caminho. O comportamento dele não estava adequado como conselheiro do clube. Ele estava expondo o Atlético a situações negativas, expondo também os conselheiros, a mim próprio… ele também foi expulso do clube e como conselheiro benemérito com unanimidade”, disse Ricardo Guimarães, presidente do Conselho Deliberativo do Atlético.

Utsch move ação na Justiça contra o Atlético. Ele alega que houve fraude nas eleições do Conselho Deliberativo, realizada no fim do ano passado.

Na mesma reunião, o Conselho Deliberativo do Atlético aprovou o orçamento da Associação (que detém 25% da Sociedade Anônima do Futebol) para o ano de 2024.

Processado por Ricardo Guimarães

Em julho deste ano, a Justiça determinou que Cláudio Utsch removesse calúnias difamatórias dirigidas ao presidente do Conselho Deliberativo do clube, Ricardo Guimarães.

Ricardo também cobrou indenização por danos morais e dano material no valor total de R$ 51.533,38.

Oposição à atual gestão do Atlético, Cláudio Utsch fez comentário ofensivo contra Ricardo Guimarães em publicação do Coimbra Sports no Facebook, em 1º de maio deste ano. Em uma foto do dirigente, o conselheiro escreveu: “se gritar pega Ladrão, não fica um”.

Ao deferir a tutela de urgência, o juiz Luiz Gonzaga Silveira Soares argumentou: “A postagem de texto com conteúdo ofensivo e difamatório junto à fotografia da autora em rede social, ultrapassa o limite da liberdade de expressão, atingindo o direito à imagem e à honra, principalmente, quando ausente provas robustas pertinentes à calúnia difamatória”.

“Diante do exposto, DEFIRO o pedido de tutela de urgência formulado pelo autor para determinar ao réu que:

I – EXCLUA as postagens de ID 9841004501 e ID 9875917367, no prazo de 05 (cinco) dias, a contar do recebimento da intimação/citação, sob pena de arbitramento de multa diária, em caso de descumprimento.

II – CESSE de publicar quaisquer comentários em desfavor do autor em redes sociais virtuais e aplicativos eletrônicos de troca de mensagens, com conteúdo que denigra a imagem, a honra e a moral do requerente, sob pena de arbitramento de multa diária, em caso de descumprimento”.

Polêmicas

O delegado Cláudio Utsch coleciona polêmicas em sua trajetória na vida pública. Recentemente, durante o dia da Consciência Negra, ele tratou a data como besteira e foi criticado nas redes sociais.

Utsch respondeu uma postagem da vereadora de Caeté, Silvinha Oliveira (PDT), que trazia a imagem de uma mulher negra com o punho para cima e uma famosa frase da filosofa Angela Davis: “Numa sociedade racista, não basta não ser racista, é preciso ser antirracista”.

Em resposta ao post, Cláudio Utsch afirmou que considerava a frase uma “besteira”. “Que besteira! A consciência é humana!O fenótipo pouco interessa, pois perante a Constituição Federal somos todos iguais, assim como aos olhos de Deus! Paremos com essa demagogia de divisão. Nós usamos com propósitos mais importantes, sérios e justos, em defesa de todos os seres humanos em risco social; assim como para defender o meio ambiente e os animais”, escreveu.

Em 2019, Utsch foi investigado pela Polícia Civil por irregularidades no Departamento Nacional de Trânsito de Minas Gerais (Detran/MG). Ele foi exonerado do cargo de delegado-geral e de Coordenador de Operações Policiais (COP).

Na época, a decisão foi fundamentada por unanimidade pelo Órgão Especial do Conselho Superior da Polícia Cívil de Minas Gerais.

Em 2005, durante o clássico entre Atlético e América pelo Campeonato Mineiro, vencido pelo Coelho por 1 a 0, Utsch, então chefe da Delegacia de Furtos e Roubo de Veículos de Belo Horizonte, fazia parte de um grupo de atleticanos que entrou em atrito com os oficiais da polícia militar. Ele estava ao lado do delegado Valdomiro Pascoal do Vale Moreira, que estava armado no estádio.

Valdomiro só foi desarmado com a intervenção de vários militares no Mineirão. Claudio Utsch também estava armado no episódio.

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