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Conass quer suspensão de cirurgias eletivas por 60 dias no Brasil

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O Presidente do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass), Carlos Eduardo Lula, propôs a suspensão por 60 dias de cirurgias eletivas em hospitais públicos e privados em todo Brasil. “A situação está muito grave”, alertou. A fala de Lula foi durante audiência na Comissão Temporária da Covid -19 no Senado, na quinta-feira, 22 de abril.

Para Lula, deixar de realizar cirurgias não urgentes é necessário para evitar o colapso no sistema de Saúde, já que há risco de desabastecimento do ‘kit intubação’. O presidente do Conass pediu que a suspensão valha também para outras internações eletivas, que não representem ameaça à vida dos pacientes.

Durante o pedido, ele salientou que fármacos bloqueadores neuromusculares para intubação de pacientes com Covid-19 estão em falta ou em baixa em 22 Estados brasileiros, com estoques suficientes para até 10 dias.

Além de pedir a suspensão das cirugias e internações não urgentes, o representante do Conass, levou aos Senadores outras 10 propostas para conter a crise sanitária no Brasil. A garantia de vacina para a população, e campanha para incentivar ações que evitam a proliferação do vírus, como o uso de máscaras, também foram sugeridos.

Vejas as 11 propostas feitas pelo presidente do Conass Carlos Lula ao Senado Federal:

1) Garantir a existência de vacinas para imunizar a população (o SUS tem capacidade mais que comprovada para realizar vacinação);

2) Resgatar a autoridade sanitária do Ministério da Saúde, que o faz agregador e coordenador da gestão do SUS, em íntima sintonia com os gestores estaduais e municipais;

3) Diligenciar, por todos os meios, o abastecimento de medicamentos e oxigênio, agindo de modo intersetorial e buscando, inclusive, a importação desses produtos, em caráter emergencial;

4) Providenciar a compra e a distribuição de testes antigênicos a estados e municípios para aumentar a capacidade de testagem e consequente monitoramento dos casos positivos e de seus contatos;

5) Agilizar um plano nacional de comunicação, insistindo sobre a importância do uso de máscaras, da lavagem das mãos e do álcool em gel e da observância das medidas de distanciamento social definidas pelos estados e municípios, em função da situação epidemiológica regional e local;

6) Determinar a suspensão total de cirurgias e de outras internações eletivas, que não representem ameaça à vida dos pacientes, pelos próximos 60 dias, inclusive na Saúde Suplementar e nos hospitais privados, a fim de se evitar o colapso do sistema, permitindo a otimização de recursos humanos e de insumos;

7) Garantir o fornecimento de EPI a estados e municípios, bem como prover agulhas e seringas para apoiá-los na execução da vacinação tanto para COVID, como para a campanha vacinação contra Influenza que se inicia em abril;

8) Apoiar, de forma enfática e sincrônica, através de todas as Secretarias do Ministério da Saúde, a implantação do GUIA ORIENTADOR PARA O ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE, que teve sua 4ª. versão pactuada tecnicamente entre Conass, Conasems e Ministério da Saúde e que contempla: APS – 7 PASSOS; Atenção Ambulatorial Especializada e Atenção Hospitalar enfatizando a Vigilância à Saúde, Assistência farmacêutica, Saúde do Trabalhador e Segurança do paciente;

9) Apoiar Estados e municípios na disponibilização de meios para a capacitação de profissionais de saúde, em especial para atendimento em unidades de terapia intensiva, disponibilizando atualização periódica das equipes, com vistas à uniformidade do cuidado e melhoria de sua qualidade, assim como a contratação emergencial de recursos humanos, de modo a complementar os quantitativos já existentes em estados e municípios, onde isso for necessário;

10) Fortalecer os sistemas de informação do Ministério da Saúde, permitindo o acompanhamento da evolução do uso dos leitos, de forma integrada a estados e municípios;

11) Buscar a garantia de aporte dos recursos financeiros federais, sejam do Orçamento da União, ou de fonte extraordinária, que permitam a continuidade do enfrentamento à pandemia e o próprio funcionamento do Sistema Único de Saúde, em todas as suas dimensões.

Fonte: O Tempo

Foto: imagem ilustrativa – Rádio CBN Campinas

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