Conecte-se Conosco

Entidades

Comunidade Cruz e Glória 10 anos restaurando vidas e construindo sonhos

Publicado

em

Em tempos de pandemia, de distanciamento social, e de fragilidades sociais cada vez mais latentes, alguns trabalhos se destacam por ter como prioridade a vida. Em meio a tantas fragilidades, as drogas se tornam um problema cada vez mais presente entre as famílias e em meio a sociedade, e em Nova Serrana um trabalho tem se destacado por estar há dez anos, transformando vidas.

A Comunidade Cruz e Gloria completou em 2021 10 anos de existência em Nova Serrana, e em meio a toda a sua história, vidas foram transformadas. No próximo dia 23 de novembro um evento irá celebrar os 10 anos de história da instituição que tem feito a diferença em Nova Serrana e região.

Diante do evento e da celebração de 10 anos do projeto nesta edição este Popular apresenta para a população de Nova Serrana, por meio de uma entrevista exclusiva com o psicólogo da casa Divino Azevedo, um pouco mais deste projeto que atua diretamente no resgate de vidas daqueles que enveredaram pelo mundo das drogas.

Quando e como foi fundado o projeto?

A ideia de criar uma instituição para atender pessoas com o transtorno da dependência química nasceu no interior da igreja católica, especificamente na paróquia de São Sebastião, em Nova Serrana. No ano de 2010, padre Emerson apresentou a proposta a um grupo de paroquianos de quem recebeu boa aceitação e apoio. Este grupo, composto em sua maioria por casais ligados às pastorais da paróquia, se organizou no que veio a se constituir a Associação Cruz e Glória. Com ata datada em 14 de abril de 2011, criou-se a Comunidade Terapêutica Cruz e Glória (CTCG), que passou a funcionar nos meses seguintes, com a primeira internação registrada em 04 de julho de 2011.

Qual o principal serviço que hoje é oferecido pela CTCG?

O principal serviço oferecido é o acolhimento psicossocial, que consiste em dar atendimento a homens com idade de 18 a 59 anos, que apresentam o transtorno da dependência química e manifestam desejo de se tratar e superar o comportamento compulsivo. Contudo o tratamento não tem seu foco na dependência química, mas no exercício do autoconhecimento, autoaceitação, desenvolvimento de valores, treinamento de habilidades sociais, prevenção à recaída, com o objetivo de superar comportamentos disfuncionais responsáveis pela quebra de vínculos familiares, sociais, profissionais, etc.

E qual a capacidade de atendimento do projeto?

A estrutura da CTCG tem capacidade para acolher 20 pessoas. Contudo nunca atingimos este número. Temos uma média de internação de 15 pessoas.

Para manter tudo isso funcionando existe um custo, evidentemente. Sendo assim qual a principal fonte de receita do projeto?

Podemos dizer que nesses dez anos de trabalho, pelo menos durante os oito anos iniciais, nossa fonte de receita foi exclusivamente a solidariedade de inúmeras pessoas que voluntariamente ofereceram serviços e contribuíram financeiramente ou com doações. Realizamos também durante esses anos vários eventos com a finalidade de arrecadação financeira, sempre com excelente aceitação e colaboração da população de Nova Serrana e inúmeros voluntários. Nos últimos dois anos a diretoria vem buscando junto aos poderes públicos (municipal, estadual e federal) alguma forma de contribuição financeira.

Atualmente qual a maior demanda da instituição?

A CTCG está sempre necessitando de algum tipo de apoio, doações, mas principalmente de divulgação de seus trabalhos.

Para as pessoas que estão lendo esta entrevista e entendem que precisam de ajuda, como devem proceder em caso de necessidade de atendimento pela instituição?

O primeiro contato para solicitar o acolhimento psicossocial na CTCG é feito em nosso escritório, localizado na matriz de São Sebastião, no centro de Nova Serrana, ou pelos telefones (37) 3225-1827 – 9970-1827.

Sobre o evento que está sendo organizado, qual o objetivo?

O evento a ser realizado no dia 23 de novembro tem por objetivo reunir algumas pessoas que fazem parte da história da Comunidade Terapêutica Cruz e Glória, e celebrar esses dez anos de frutuoso trabalho humanitário “Restaurando vidas, construindo sonhos”. Gratidão, sempre!

Sobre os dez anos de trabalho, o que vocês trazem como fruto deste trabalho?

Podemos dizer que nesses dez anos de atividade o trabalho realizado na CTCG produziu saúde e bem estar em inúmeras pessoas que superaram suas dificuldades na relação com as substâncias psicoativas e conseguiram reorganizar a vida, profissão, sonhos, etc. Refletiu também em muitas outras pessoas como os familiares e amigos. Continuamos nos esforçando para contribuir com esse público muitas vezes julgado de forma incorreta e injusta. Muitas pessoas desconhecem o aspecto adoecedor da dependência química e acabam marginalizando tanta gente com rótulos de preguiçosos, vagabundos e irresponsáveis. Nunca é demais repetir o que diz a OMS – Organização Mundial da Saúde: “Dependência química é uma doença crônica, progressiva e fatal”.

Publicidade
Publicidade

Política

Publicidade