Como nunca feito na história política e administrativa de Nova Serrana

O doce está sendo mexido, e apesar de acharmos que essas frases de efeito servem em sua maioria como um marketing até certo ponto sensacionalista, parece que dessa vez vai melar para o lado do investigado.

Para quem não entendeu esse primeiro parágrafo vamos contextualizar. A CPI que não é reconhecida pela administração municipal e que por vezes enfrentou na justiça tentativas de impedimento de continuidade nas investigações encontrou indícios no mínimo questionáveis sobre as finanças o Hospital São José.

Ao analisar as notas registro de arrecadação do hospital foi constatado irregularidades que devem ser muito bem explicadas pela comissão de intervenção. Além de ser constatada a falta de uma significativa quantidade de documentos de arrecadação, foi ainda notado pela CPI a duplicidade de documentos.

Sim caros leitores, duas notas de arrecadação com o mesmo número de registro, porém sendo emitidas em um espaço de tempo de três dias, sendo assinadas por servidoras diferentes, destinadas para prestação de serviço de clientes diferentes com valores completamente diferentes.

Veja bem, não obstante do fato de que os serviços foram prestados sem emissão de uma nota fiscal (pelo menos é o que tudo indica), ainda apresenta que o mesmo número de registro apresenta dois valores diferentes.

E para quem simplesmente pensa que foi uma coincidência e que provavelmente a gráfica errou, temos ainda a constatação de pelo menos mais 13 casos em meio as notas de arrecadação que foram encaminhadas aos membros da CPI.

Seguindo nessa linha de questionamentos, temos ainda um volume significativo de documentos ausentes, ou seja, nem mesmo foram entregues todas as notas de arrecadação, e isso é constatado porque a numeração das notas enviadas não segue a sequencia, ou seja, existem buracos na linha de emissão das notas de arrecadação que ainda não foram explicadas.

Se lembrarmos bem os episódios narrados por este Popular quanto a apresentação destes documentos, lembramos que a gerência da instituição citada tentou de todas as formas impedir a análise da documentação.

Perderam na justiça em duas instâncias a solicitação da emissão de um mandado de segurança, houveram falas fortes quase que em tom de ameaças e falas que jogaram para a CPI a responsabilidade de gastos que seriam na situação imputados para a fundação que carece de atenção financeira.

Contudo caros leitores, conforme apontado, o aumento das despesas se fez presente com a contratação e manutenção de funcionários vindos de Juiz e Fora, ficando hospedados em hotéis de luxo, comendo filés em restaurantes caros e tendo toda sua despesa de translado custeada pela fundação.

Agora o que nós aguardamos são as explicações, as considerações e nesse tempo sinceramente torcemos para que o pior não seja constatado e os possíveis crimes sejam descartados.

Para finalizar nosso raciocínio afirmamos que está na hora do prefeito e de seu corpo técnico assumirem uma postura diferente. Está na hora da CPI ser reconhecida e em uma ação conjunta as investigações apurem, exponham e responsabilizem os culpados caso seja constatado os crimes.

O governo que prega ser da transparência tem que entender que ele não está sendo culpado, ou incriminado nesse procedimento e sim, precisa de começar a fazer com que a índole que anuncia e exalta seja fundida com as investigações para que a população entenda que a honestidade e o novo tempo que se fala, vai para  além das questões partidárias e pessoais.

Não é hora de criarmos heróis, mas sim de investigarmos e caso seja confirmado, é hora de incriminar os bandidos, assim como nunca foi feito na história política e administrativa dessa cidade