Como investidor do Atlético reagiu a falas de Textor e técnico do Botafogo

Dono do clube carioca criticou Everson e acirrou rivalidade para a final da Libertadores

Presidente do Conselho Deliberativo do Atlético e investidor da SAF do clube, Ricardo Guimarães comentou as polêmicas recentes envolvendo Galo e Botafogo, rivais na decisão da Copa do Brasil. A alta cúpula do time carioca fez duras criticas a jogadores atleticanos.

Nos últimos dias, John Textor, dono da SAF do Botafogo, e Artur Jorge, técnico do time carioca, criticaram jogadores alvinegros (veja no fim). Ricardo Guimarães evitou entrar em polêmicas e deixou as falas ríspidas apenas para os botafoguenses.

“Vamos enfrentar um adversário difícil. Estão disputando o Campeonato Brasileiro, assim como disputamos a Copa do Brasil. Então, são dois times de ponta do futebol brasileiro. Como atleticano, confiamos no que podemos fazer, nos jogadores. Se eles estão falando, deixem eles falarem. Nós vamos estar concentrados nas coisas do Atlético”, disse Ricardo.

“A gente é sempre otimista, somos muito animados. Acreditamos muito no Atlético, mas abordamos o Atlético. Nos concentramos nas coisas do Atlético. Já é muita coisa. Muita coisa tem que ser feita. Temos que dar forças aos nossos jogadores”, finalizou.

O Atlético disputa a final da Copa Libertadores no próximo sábado (30), às 17h (de Brasília), contra o Botafogo, no Estádio Mâs Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, na Argentina.

John Textor

John Textor, proprietário do Botafogo, provocou o goleiro Everson, do Atlético, em declarações após o empate entre Botafogo e Vitória pelo Campeonato Brasileiro, jogo realizado no último sábado (23). As falas do empresário americano elevam a tensão entre os clubes às vésperas da final da Copa Libertadores.

Textor respondeu a comentários anteriores de Everson, que havia acusado o empresário de criar polêmicas sobre arbitragem. ‘Aparentemente, eu estava alugando um apartamento na cabeça dele por um tempo, vivendo na cabeça dele’, disse Textor, referindo-se ao goleiro atleticano.

O dono do Botafogo defendeu-se das acusações, afirmando: ‘Eu não crio barulho sobre arbitragem, não digo se o árbitro é bom ou ruim. Estou focado em limpar o jogo para o benefício daquele jogador, para o benefício de todo o time dele, para o benefício do nosso time’.

Artur Jorge

Em entrevista coletiva concedida nesta segunda (25), o técnico Artur Jorge aproveitou para “lavar roupa suja”, ainda em relação aos fatos ocorridos no 0 a 0 com o Galo, no confronto da 34ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Um dos alvos do treinador português foi Everson, do Atlético. Para o comandante da equipe carioca, o goleiro foi um dos responsáveis por toda confusão ocorrida após a partida disputada no Independência, em Belo Horizonte.

“Tivemos o goleiro, do Atlético Mineiro, que no final veio falar sobre aquilo que a equipe do Botafogo queria confusão. Eu vou responder que é inadmissível, um jogador, terminado o jogo que foi a primeira metade, tenha chutado a bola na cara do Tiquinho”, destacou o treinador.

“Isso é querer confusão, isso é ser confusão. Tudo aquilo que ele fez durante o jogo, como comportamento, é criar aspecto para confusão”, reforçou o treinador.

Artur Jorge também criticou Deyverson, atacante do Atlético. O português disse não aceitar ‘lição de moral’ e comentou o fato do jogador ter afirmado que deseja ver o Palmeiras terminar com o título do Brasileirão.

“Acho que é de pior tom quando nós pegarmos um jogador, da própria equipe, que deseja que o rival seja campeão. Esse rival jogou contra o Palmeiras e também deseja o Palmeiras campeão. Foi essa a manifestação em campo. Não estava mais ninguém em campo. Estava o Botafogo e o Atlético Mineiro. Me parece muito pequeno para essa dimensão”, disparou.

Fala de Everson

O camisa 22, titular absoluto do Atlético, deu declaração forte após o confronto entre mineiros e cariocas no Horto. Para ele, a discussão em campo e a confusão na saída para os vestiários aconteceram por conta de declarações dos jogadores adversários.

Everson deu seu relato sobre o desentendimento, citando declarações de Marlon Freitas, do Botafogo. O arqueiro ainda falou sobre o contexto do adversário, que se vê pressionado na competição mais importante do país, na qual perdeu a primeira colocação para o Palmeiras. Os times somam os mesmos 70 pontos, mas os paulistas ocupa o topo da tabela por ter mais vitórias.

“Durante o jogo, o Marlon [Freitas] falou mais de uma vez que nosso time era fraco, isso foi uma falta de respeito com a equipe. A gente sabe esse histórico deles, acompanhamos ano passado como perderam o título, por conta disso, um pouco mais de soberba. Isso você leva para dentro de campo, um cara menosprezar uma equipe tão forte como a nossa, que vai disputar uma final contra eles. Houve essa falta de respeito por parte dele, mas quem responde por esses atos é ele, cabe a nós trabalhar”, analisou o goleiro atleticano.

Torcida de Deyverson

Na zona mista após o jogo entre Atlético e Botafogo, Deyverson, que passou pelo Palmeiras, admitiu torcer para o ex-clube conquistar o Brasileirão. O atacante citou o histórico no Palmeiras para justificar a torcida e garantiu não ter nada contra o Botafogo.

“Quando permite que haja jogadores dentro do próprio elenco torcendo para que outra equipe seja campeão, algo está errado. Moralmente para mim, não venham com lição de moral. Nem para mim, nem para os meus jogadores. Moralmente olhem para dentro e tenham atenção à isso”, avaliou.

Foto: Itatiaia – Com informações de Itatiaia: https://www.itatiaia.com.br/esportes/futebol/atletico/2024/11/26/como-investidor-do-atletico-reagiu-a-falas-de-textor-e-tecnico-do-botafogo