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Como folhas secas ao vento

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Sinto o tremor na mão,
uma dança involuntária,
como se o corpo quisesse escapar
de um destino que não escolhi.

As lembranças flutuam,
como folhas secas ao vento,
cada movimento,
uma memória que se despedaça.

Os risos se tornam ecos,
as palavras, sussurros perdidos,
neste labirinto do tempo
onde a luta é silenciosa.

A vida escorrega entre os dedos,
como areia em uma ampulheta,
um ciclo que se fecha devagar,
um retrato embaçado.

Mas há beleza na fragilidade,
um brilho nas pequenas vitórias,
um olhar, um sorriso,
um toque que resiste ao terno avanço da sombra.

E mesmo que o corpo fraqueje,
a alma canta,
a essência e a luta,
teces de uma tapeçaria que nunca se desfaz.

Enquanto houver vida,
haverá esperança,
uma chama que se recusa a se apagar,
enquanto o amor se torna meu abrigo.

  • By Israel Silveira

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