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Economia

Como empreender com baixo investimento

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No Brasil, um dos países mais empreendedores do mundo, pessoas com baixo poder aquisitivo também podem realizar investimentos e ampliar os seus rendimentos

Com uma taxa de empreendedorismo inicial de 21%, o Brasil se tornou nos últimos anos o país mais empreendedor do Brics, que são o conjunto de países emergentes mais relevantes do mundo.

Como empreendedores o país está à frente de nações como China, Índia e África do Sul. Para se ter uma ideia da potência e abrangência desse dado, o porcentual de brasileiros que já têm uma empresa, ou que estão envolvidos na criação de uma, é superior ao de países como os Estados Unidos e a Alemanha, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP).

Contudo, um outro estudo realizado pela agência de fomento a pequenos negócios do governo dos Estados Unidos, aponta que apenas a metade das empresas criadas em 2013, sobreviveram até o final deste ano.

Segundo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nos dois últimos anos analisados 2015 e 2016, o Brasil fechou mais empresas do que abriu. Os dados mostram que, no ano de 2015, 708,6 mil empresas novas entraram no mercado, enquanto 713,6 mil foram fechadas.

Vale lembrar que o Brasil enfrentava em 2015 o auge da crise econômica. Naquele ano, o PIB (soma de todos os bens e serviços produzidos no país), caiu 3,8%, no pior resultado em 25 anos. Em 2016 foi registrada nova recessão, com queda de 3,6%.

Todos esses dados no entanto trazem para os menos afortunados o receio de empreenderem o pouco que tem e começarem o seu negócio.

A situação financeira, a pouca valorização dos proventos (como mostrado em matéria publicada esta semana neste Popular), e até mesmo a falta de conhecimento do mercado são não apenas problemas que ocasionam uma limitação para investimentos e aumento de receita.

No Brasil o pobre consegue investir

Renan Carvalho Melo, auxiliar administrativo de 30 anos, que foi entrevistado na edição publicada no dia 21 de fevereiro, afirma que hoje com sua receita ele não consegue investir seu dinheiro para obter lucro. “Hoje o ideal seria eu guardar parte do meu dinheiro, pelo menos a metade, porém não consigo, acaba que eu deposito apenas para utilizar durante o mês em minha conta corrente, tento guardar um saldo, tento guardar um dinheirinho, mas isso é relativo, às vezes acontece de ter que gastar parte do dinheiro que tento economizar para pagar as despesas extras do mês”, declarou Renan.

Com uma receita de R$ 1.700,00 aproximadamente, as possibilidades de investimento, diante do custo de vida aparentemente são limitadas e a poupança, ou o deposito em conta corrente acaba sendo a principal opção do brasileiro de classes sociais com poderio aquisitivo menor.

A questão é, o brasileiro deve investir em poupança? Esta é a melhor forma de ampliar seus proventos?

Segundo a professora universitária, contadora e perita contábil Ladenis Queiroz, a poupança é sempre vista como um bom investimento Principalmente para o investidor que tem perfil  menos arriscado mais conservador, contudo ela não é a opção mais rentável, apesar de ser considerado pelos populares como a melhor opção por não ter risco de perda do dinheiro investido.

Ladenis pondera que fazer investimentos financeiros é um bom negócio para que o dinheiro não fique parado e renda juros, e ainda ressalta esse tipo de investimento não é somente para ricos, nosso entrevistado Renan seria um candidato em potencial. “Não, o investimento financeiro não é algo somente para ricos, qualquer pessoa em qualquer quantia pode investir por exemplo em alguns títulos de crédito como tesouro direto, existem valores mínimos mas a serem investidos, mas estes são acessíveis a qualquer um da população, e somente pelo fato do Renan ter essa política de conseguir guardar parte de sua renda, já o coloca em condições de investir sua receita em algo que traga maior rendimento”, disse a perita.

Como investir

A perita aponta que para as pessoas com rendimento mais baixo a poupança acaba sendo atrativa por não ter tantos riscos, não ter valor mínimo para ser investido e ainda pode ser resgatado quando quiser, lembrando que as taxas de retorno na poupança estão na média de 0,038% ao mês que é considerado uma taxa alta.

Outros investimentos possíveis e comuns de forma geral são os investimentos na caderneta de poupança CDI CDB que são títulos de créditos do banco.

Opções mais rentáveis são os títulos públicos, segundo a revista exame quem comprou um título do governo no Tesouro Direto no começo de 2016 e ficou com ele até o ano de 20017 teve uma valorização de seu investimento em 53%.

Investimentos com maior taxa de lucro pode também ter riscos, como por exemplo a bolsa de valores, que caso tenha uma queda você perde parte do seu dinheiro investido. Justamente pelos riscos a perita afirma que se deve buscar informações e conhecer o processo pelo qual se investe.“Os primeiros passos para uma pessoa que quer investir é entender melhor como funciona as linhas de investimento em relação ao retorno e a resgate, saber quando que ocorre, quando eu posso resgatar, em quanto tempo se pode ter retorno do dinheiro. Essas são noções básicas para que se inicie em investimentos mais ousados”, finalizou Ladenis Queiroz.

Como empreender com segurança

Quando se fala em empreendedorismo, em investir dinheiro em um negócio próprio, as diretrizes são semelhantes e segundo o secretário de Indústria e Comércio de Nova Serrana, a melhor forma de se iniciar um novo negócio é ter conhecimento total sobre ele.

Segundo Marcelo Caires, é preciso que o empreendedor analise o tipo de negócio, o local a ser aberto, a concorrência e o público que deseja atingir para que assim diante da analise opte ou não pelo investimento. “Se o resultado for positivo, inicia-se um modelo de negócio, a forma como ele será esboçado e aí começa a mapear as melhores ações, criando um plano de negócios, que seja realmente realizável”. Diz Marcelo.

Identificar o tipo de clientes que você vai atender, como será desenvolvido o meu relacionamento com os clientes, qual proposta de valor eu quero apresentar, quais serão as principais atividades a serem desenvolvidas, as principais parcerias, de onde obterei as fontes de recurso, para sabendo o quanto meu negócio poderá me gerar são diretrizes e a serem desenvolvidas no negócio.

O secretário finaliza ainda afirmando que os novos investidores podem contar com a Sala Mineira do Empreendedor para que seu negócio seja amparado e estruturado de forma correta, diminuindo assim os riscos no mercado. “Tudo isso pode ser realizado através de ferramentas e materiais que podem ser disponibilizados através da Sala Mineira do Empreendedor, onde estamos preparados para auxiliar todo e qualquer empreendedor a iniciar ou aumentar o seu negócio, reduzindo assim os riscos do investimento, pois a empresa, o projeto empreendedor será estruturado de forma salutar”. Finalizou Marcelo Caires.

Foto: ilustração

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