Comissão aprova relatório sobre pedido de cassação do vereador Jadir Chanel

Denúncia apresentada por Osmar Santos foi parcialmente acatada, isso porque comissão votou pelo prosseguimento quanto a Jadir e arquivamento da ação contra a Giovani

Foi realizada na última sexta-feira, dia 26 de junho, no plenário da Câmara Municipal de Nova Serrana a sessão para apresentação do relatório prévio da Comissão Processante instalada por meio da Portaria 039/2020 que apura as denúncias e pedido de cassação dos mandatos dos vereadores Jadir Antônio de Oliveira “Jadir Chanel” e Giovani Máximo Silva “Pastor Giovani” por quebra de decoro parlamentar.

De acordo com o relatório, o denunciante vereador Osmar Santos, aponta que Jadir “nomeou parente de 3º grau para atividades em seu gabinete e que Giovani Máximo, presidente à época, concretizou a referida nomeação e que o fato foi apurado no inquérito civil público, no qual foi celebrado com o Ministério Público um TAC – Termo de ajustamento de Conduta, tendo reconhecido a prática do ato”.

Após ser iniciada a reunião foi então determinada a leitura do relatório que concluiu pelo arquivamento de denúncia quanto ao vereador Giovani Máximo e pelo prosseguimento quanto ao vereador Jadir Chanel.

O presidente da comissão processante, vereador Wantuir Paraguai, por sua vez manifestou contrário a sequencia da denúncia, “eu gostaria de dizer que votei pelo arquivamento porque pelo que sei do Jadir, o que ele fez no fórum eu acho que isso vamos ter um desgaste, ele já foi lá porque não afastou de uma vez, se deixou ele continuar, então vamos perder tempo”. Disse o presidente da comissão processante.

Por sua vez a vereadora Teresinha do Salão das Noivas, vice presidente da comissão considerou, “quando assumi a presidência da casa, mais uma vez eu venho falar quantas vezes eu fui humilhada, recebi palavras de baixo calão, fizeram do meu nome em mídias aquilo que eu nunca fui e se deus quiser nuca vou ser, aprendi que quando se tem um documento se tem que analisa-lo e foi pelas próprias pessoas que me fizeram entender que documentos tem que ser analisado e colocados em votação em plenário”.

Seguindo a vereadora afirmou “que nenhum vereador é responsável por arquivar e dar continuidade e sim todos os vereadores da casa, se tem documento que tem prosseguir todos os vereadores tem que dar o seu voto”. Expôs Teresinha

Finalizando suas falas Teresinha manifestou seu voto sobre a denúncia. “Nessa tarde eu digo que aprendi com tudo que passei ano passado e meu voto é para prosseguir, nada contra nenhum vereador, mas aprendi que um representante deve ter o documento em suas mãos, deve ler as linhas, mas o mais importante ler as entrelinhas, meu voto é para prosseguir”. Manifestou a vereadora.

Por sua vez o relator, Chiquinho do Planalto, também usou a palavra e justificou que sua decisão não deveria ser tomada como algo pessoal pelo vereador que foi denunciado.

“Quero deixar claro que nessa casa eu não tenho inimizade com vereador nenhum, a gente está fazendo o trabalho, o trabalho do vereador é isso mesmo a gente vai acatar e vai analisar o documento, o jurídico está nos orientando muito bem, conheço bem todos os vereadores, e peço que não levem para o lado pessoal. No dia que aceitamos a denuncia eu deixei bem claro que isso vai ser bom porque vocês vão poder pontuar a verdade”. Ponderou Chiquinho do Planalto

O parecer foi então aprovado por dois votos a um, sendo que o presidente, Wantuir Paraguai votou pelo arquivamento da denúncia quanto a ambos os vereadores e a vice-presidente, Terezinha do Salão das Noivas votou de forma distinta, sendo favorável ao prosseguimento do processo de cassação de Jadir e Giovani.

Diante do resultado da votação, o arquivamento da denúncia quanto ao Pastor Giovani será submetido a deliberação em Plenário e os trabalhos sobre o procedimento da cassação do vereador Jadir Chanel seguirá para a fase de instrução.

Os vereadores denunciados compareceram à sessão, assim como o cidadão Ronan Welly (que também protocolou denúncia de similar teor e que segue apensada ao processo). Em momento oportuno, eles poderão se manifestar e fazer as alegações necessárias.

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