Com mais quatro fatalidades, Minas já soma 175 mortes por afogamentos apenas em 2023

Em 2022, no total, foram registrados 259 mortes de pessoas que morreram afogadas no estado.

No último fim de semana, dois casos de afogamentos no estado de Minas Gerais acenderam um alerta sobre os riscos associados às atividades aquáticas, especialmente em um momento em que as temperaturas aumentaram e é comum que nestas datas muitas pessoas se dirigiram a destinos com cachoeiras, lagoas e represas, aproveitando o feriado prolongado. Com informações de Itatiaia.

De acordo com informações divulgadas pelo Corpo de Bombeiros, até o dia 6 deste mês, foram registradas 175 pessoas que morreram afogadas em Minas Gerais. O número é mais da metade do total de casos do ano passado, que registrou 259 mortos.

Em entrevista para a Itatiaia, o Sargento Allan Azevedo, do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, fala sobre a atuação dos agentes a partir do acionamento da ocorrência. “O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, quando é acionado para esse tipo de ocorrência de afogamento, ele começa a realizar os trabalhos antes mesmo de iniciar o deslocamento. Então nós fazemos um estudo de situação para verificar se aquele rio é um rio profundo, onde que tem maior correnteza, se tem chance de ter galhos, linhas de pesca. E quando ele chega ao local, a primeira ação é conversar com aquelas pessoas que estão por ali. Principalmente alguém que viu onde a vítima se afogou” afirmou.

No domingo passado, uma tragédia atingiu uma família na região do Campo das Vertentes, na cidade de Nazareno. O Corpo de Bombeiros chegou ao local e, após colher depoimentos de testemunhas, descobriram que a mulher, de 26 anos, e os sobrinhos, de 8 e 9, entraram na água e não retornaram. Os corpos foram localizados pelos militares e encaminhados para a equipe da perícia.

No mesmo dia, outro caso trágico ocorreu na cidade de Coqueiral, próxima à represa de Furnas. Bombeiros militares de Boa Esperança foram acionados para atender a um afogamento envolvendo um homem de 41 anos. Segundo relatos de testemunhas, a vítima estava na companhia de amigos à margem da represa quando decidiu entrar na água. Poucos minutos depois, desapareceu sob a superfície, sem deixar rastros.

“A principal medida de segurança que a gente pode passar pra essas pessoas realizarem a sua diversão de uma forma totalmente segura, é que ela tenha consciência daquele local, que ela saiba que aquele local ali por mais tranquilo que seja, ele pode levar algum tipo de risco. Que as pessoas não façam utilização excessiva de bebida alcoólica e entra na água, não pratique nenhum ato exibicionista, ou qualquer coisa que possa colocar sua vida em risco.” completa o Sargento.