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Com amigos assim para que inimigos?

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Muitos pensavam que o ano de 2021 seria um ano pacto na política municipal, e isso pelo fato da Câmara contar apenas com quatro vereadores reeleitos e dois que já tiveram passagens anteriores pelo legislativo.

De 13 vereadores, sete nunca sentaram nas cadeiras da casa legislativa com a missão de representar a população, e justamente por isso, se imaginava que o ano de 2021 seria para que os nobres pares se localizassem no jogo do poder de Nova Serrana.

Na verdade o que tem ocorrido é algo bem diferente. Afinal de conta, o clima tenso já pode ser visto na apreciação de algumas pautas. Projetos indigestos, discussões com um bom nível técnico, e como não poderia ser diferente, poucos protagonistas e vários figurantes.

Se tratando de política percebemos que a base do atual governo no legislativo está completamente desarticulada e sinceramente, com AMIGOS ASSIM PARA QUE INIMGOS?

As polêmicas começaram quando na reunião das comissões, os vereadores da base, votaram contrários a um projeto do prefeito. Dai surgiu um desgaste e teve que ter recurso e mais o escambau para concertar a cagada da desobediência ao senhorio.

Agora de uma vez só percebemos mais duas pancadas significativas que foram um verdadeiro fogo amigo. Para começar o líder pediu vista em um projeto de cunho social, com caráter autorizativo, feito por um colega de bancada.

Ou seja, a base de certa forma boicotou um projeto que nasceu em sua estrutura política, e isso mostra que articulação, planejamento e comunicação são algo que falta no grupo político do prefeito no legislativo.

Zé Faquinha pode até não assumir publicamente, mas que ficou engasgado com o pedido de vista, isso ficou, e dai surgem uma série de memórias quanto a sua trajetória política e porque não, a importância e esforço feito para que ele se tornasse protagonista no grupo da atual gestão.

Indo um pouco adiante, o mesmo líder deu um tiro pela culatra. Nesse segundo ponto, temos que, antes de mais nada, ressaltar que bajulação quanto aos projetos do executivo, praticados principalmente pelo vereador Adilson Pacheco (líder) e Dué (bajulador oficial), escancaram algumas mazelas que são desnecessárias.

Após uma discussão sobre planos de saúde, surgiu então o fato regurgitado pelo presidente da Câmara, e dai um ex-secretário da atual gestão passa pauta de um debate que traz o tráfico de influência e manipulação de processo licitatório como pano de fundo.

Querendo mostrar serviço é claro, o Líder de forma honrosa, talvez querendo pressionar os colegas para conter as falas, por ter uma moral ilibada, ou por ter objetivos políticos, pede que a Câmara investigue as acusações.

E se o líder colocou a bola na marca do pênalti, Willian Barcelos fez questão de arrematar para o gol, e de repente, uma série de fatos passa a ser jogados no ventilador, e o pedido de uma CPI para apurar tráfico de influencia do ex-secretário Uanderson Timóteo, relacionado ao Hospital Santa Mônica, Legaliza, Serranense, e até empresa licitada para capina, se aproxima de uma realidade.

Nesse cenário de debate, Dete do Katôco, que ainda não percebeu que a política mudou, pediu para mudar o assunto, colocando panos quentes, talvez por estar assustado, ou por não saber o que faz um vereador de verdade, além de falas populistas e sorriso de canto de boca.

O fato é que agora o clima de tensão surgiu e a prefeitura provavelmente voltará a ser alvo de investigações, e dessa vez, caso seja instituída a CPI nem pode ser alvo de ataques dos súditos do senhorio, já que foi seu próprio major que mirou a bazuca para a direção de seu castelo.

Os novatos estão assistindo toda essa celeuma, com cautela, meio perdidos, porém temos que ressaltar a atuação e Admilson Cheiroso e Guilherme Bueno, que não tem fugido ao embate e até o momento tem feito um bom papel.

E por falar em novato, sem querer o bajulador oficial praticou novamente fogo amigo, afinal ao questionar porque o ex-secretário não foi investigado na época, deu ao Professor, o direito de expor os resultados até o momento da CPI da Saúde.

Segundo Willian, foi desmembrada pelo Ministério Público em pelo menos quatro inquéritos civis que possivelmente se tornaram em ações civis na Comarca de Nova Serrana. Mas isso é tema de uma próxima matéria, de um próximo editorial e serão cenas de um novo episódio da história política de Nova Serrana, contada por este Popular.

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