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Belo Horizonte

Com alto índice de feminicídios, Minas tem poucas delegacias especializadas

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"Não é a mesma coisa na delegacia do bairro; não resolve. (…) Tem gente que faz pouco caso com essas coisas, questiona porque a gente não larga a pessoa, mas não sabe o perigo que corremos, a situação que cada um está passando", Ana*, vítima de violência doméstica - Crédito: Marcos Vieira /EM/D.A Press

Estado mantém 70 delegacias especializadas para mulheres

“Na época estava sem dinheiro, porque não estava trabalhando.” “Tenho receio de não ser compreendida, por não ser uma delegacia especializada.” Essas são as justificativas para a técnica de enfermagem Ana*, de 55 anos, moradora do Bairro Rio Branco, em Venda Nova, ter desistido de denunciar o ex-marido por violência doméstica, em 2021.

O drama dela reflete um problema no enfrentamento à violência contra a mulher em Minas: a rede especializada no atendimento às vítimas no estado é composta por apenas 70 delegacias, o que representa menos de 10% do total de cidades mineiras.

O estado é o segundo do país com maior número de ocorrências de feminicídio, atrás apenas de São Paulo, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Em 2023, 183 mulheres morreram em Minas. Em dezembro de 2024, o governo do estado anunciou uma queda de 24%, até setembro, nos registros de mortes femininas. As tentativas desse tipo de crime, porém, tiveram um aumento expressivo, de 62,18%, no mesmo período, mostrando que o desafio de combater a violência contra as mulheres está longe de ser superado.

*A pedido da personagem, e por questão de segurança, o nome adotado nesta reportagem é fictício

Fonte: Estado de Minas https://www.instagram.com/p/DGLMA2BS6g8

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