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Câmara Municipal de Nova Serrana

Com a palavra, Osmar Santos

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Vereador afastado se pronuncia sobre o caso do ‘Cartão Corporativo’

Diante de toda a polêmica relacionada a denúncia apresentada contra o Vereador Osmar Santos, nossa reportagem entrou em contato diretamente com o edil afastado que por meio de aplicativo de rede social atendeu a nossa equipe.

Osmar salientou que não está em Nova Serrana, mas ainda assim atendeu nossa reportagem atenciosamente e se pronunciou oficialmente para nossa equipe.

Confira abaixo na integra a entrevista feita pelo Jornal O Popular ao vereador Osmar Santos sobre o caso do ‘cartão corporativo’ que teria sido utilizado pelo edil, causando inclusive a notificação de negativação do CNPJ do legislativo municipal no serviço de proteção ao crédito SPC/Brasil – Serasa.

Osmar, você solicitou um cartão corporativo em nome da Câmara Municipal, enquanto estava afastado?

Quando se pergunta se houve pedido desse cartão por minha parte, nunca. Até porque a Câmara não tem cartão corporativo. E como que eu afastado iria pedir um cartão corporativo da câmara? Isso é uma história muito mal contada que nem eu estou entendendo. Eu pedi há algum tempo atrás um cartão particular meu, pessoal, no supermercado ABC, Eu dei como telefone meu de contato como lugar onde eu trabalhava o da Câmara, eles do supermercado ABC ligaram para a Câmara e pediram ao Beto (ex-servidor comissionado) para me avisar que o cartão estava pronto no ABC. O Beto mandou uma mensagem no telefone do meu filho e eu fui no supermercado ABC e busquei o cartão. Eu peguei o cartão no supermercado ABC e utilizei do cartão.

Quanto as despesas do cartão, cerca de 7 mil reais foram passados em uma empresa na qual teria ligação com sua filha Erika, essa informação procede?

Quando você questiona sobre a questão da minha filha, eu utilizei o cartão para retirar um empréstimo. Ela tem a maquininha, nós precisávamos de um dinheiro de forma urgente então tiramos. Mas jamais passou por minha cabeça que esse cartão seria corporativo da Câmara, porque a Câmara não tem e eu nunca pedi.

O que você pensa sobre o fato de ser apresentadas provas e o caso ser colocado sobre investigação?

Eu queria que isso fosse investigado mesmo, quero que seja apurado mesmo, porque não estou entendendo o que está acontecendo. E estou pressentindo que isso pode ser uma armação porque a Câmara nunca teve cartão corporativo, de tanto que quando chegou a fatura do cartão ela não chegou para mim. Eu fiquei aguardando e ligando e a fatura não chegou, ai me falaram que a fatura teria chegado na Câmara e no nome da Câmara. Então eu queria até apurar na época o porquê que isso chegou na Câmara. Mas me disseram que se eu pagasse isso estaria resolvido, que poderia ser um engano de confecção do cartão então eu fui e paguei de tanto que a Câmara não teve prejuízo de dez centavos, quem pagou a fatura fui eu, e a fatura não foi de R$ 7 mil não, foi de R$ 10 mil e eu que paguei.

Então você acha que isso pode ter ocorrido por armação?

Ficou muito estranho isso. Eu quero deixar claro, nunca houve isso. Eu nunca solicitei um cartão corporativo da Câmara, até porque esse departamento não era eu que fazia. Quem faz isso na Câmara é a Dayse (servidora), se fosse um cartão corporativo seria a Dayse que pediria, eu não teria essa autonomia para estar pedindo, não sei nem quem e qual empresa é a operadora desse cartão. Então eu paguei e mandei quebrar e queimar esse cartão.

Você confirma então que não utilizou um cartão em nome da Câmara para uso próprio?

Até uma criança de cinco anos morre de saber que você jamais pode usar um cartão de qualquer órgão público para benefício próprio. Você acha que eu com 45 anos iria cometer uma loucura desse tamanho. Ainda mais já cheio de problema como eu estou. Você acha que eu iria cassar mais um problema para mim. Isso jamais eu iria fazer, não cabe na cabeça de ninguém que eu iria fazer uma bobagem dessa, ainda mais fazer para eu pagar, porque foi eu que paguei a fatura.

Relacionado à dívida quem pagou o débito do cartão, existe algum comprovante quanto a esse pagamento?

Então, eu volto a repetir e quero frisar isso bem. Eu não pedi cartão corporativo da Câmara e outra coisa a Câmara nunca pagou um centavo de gasto pessoal meu. Quem pagou o valor total desse cartão com os acréscimos de juros e multa foi eu Osmar Santos, não foi a Câmara não.

Quais as providências serão tomadas?

No desenrolar dessa investigação, que a gente já sabe que eles me denunciaram por isso eu confio no Ministério Público e tenho certeza que ele (MP) vai descobrir de fato o que houve com esse cartão corporativo. Tem que chamar essa empresa para saber se houve a confecção errada ou se foi por maldade. O porquê que houve esse cartão em nome da Câmara se ninguém solicitou, eu não solicitei, só se for alguém da Câmara, mas eu acredito que também não, então eu gostaria muito que isso fosse esclarecido porque isso pra mim tem sido muito ruim, mas muito ruim mesmo.

Quais as considerações finais você deseja fazer sobre o caso.

Eu gostaria ainda de ressaltar nessa entrevista que depois que eu fui afastado da Câmara nunca mais eu tive  acesso a nada da Câmara, eu cumpri a medida cautelar que foi imposta pela justiça. Não tive acesso a ninguém e a documento algum, então se me perguntar CNPJ da câmara não tenho acesso a isso, não sei nada disso, então reitero, como eu iria solicitar esse cartão. Se o cartão fosse corporativo da Câmara eles teriam entregue ele lá e não teriam ligado na Câmara para eles mandarem mensagem pra mim para eu ir buscar ele no supermercado ABC não.

Foto: Arquivo jornal O Popular

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