Abuso Sexual
Cirurgião plástico preso em SP teria abusado de 11 mulheres em MG
Médico estava foragido da Justiça desde abril por supostos crimes cometidos em Alfenas, no Sul de Minas
O médico-cirurgião plástico Hudson de Almeida, de 56 anos, preso nesta sexta-feira (21 de julho) em um apartamento de luxo em São Paulo teria abusado de, pelo menos, 11 mulheres, com idades entre 16 e 40. As informações foram disponibilizadas em coletiva de imprensa da Polícia Militar. Os crimes ocorreram na cidade de Alfenas, no Sul de Minas Gerais. Com informações de O Tempo.
Conforme as investigações, o crime era praticado quando as mulheres iam à consulta e passavam por “procedimentos não autorizados” — abusos sexuais. “Durante as consultas, o médico possuía comportamentos que configuravam violência sexual”, explicou capitão Cristiano, da Polícia Militar.
O médico, que atuava em Alfenas, estava foragido há quatro meses, até ser encontrado em um apartamento de luxo em São Paulo nesta sexta-feira. A filha do suspeito foi quem abriu a porta para a polícia. O homem não resistiu a ordem de prisão.
“O esperado é que esse médico seja recambiado para Minas nos próximos dias, para cumprir sua pena”, explicou o capitão Cristiano.
Sobre o médico
O médico é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Em Alfenas, ele atendia em uma clínica particular de propriedade dele e na Santa Casa. Já teve passagens também pelo Hospital Alzira Velano, de onde se desligou.
Inquéritos
O médico responde a dois inquéritos por abuso sexual. Em um deles, de 2021, três mulheres denunciaram à Justiça situações constrangedoras que tiveram com ele.
Em outro inquérito, referente ao ano de 2020, uma mulher de 33 anos também denunciou o médico por abuso sexual.
Em nota, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica afirmou que “está acompanhando o caso e se solidariza com as vítimas e seus familiares”. Também afirmou que, “de acordo com a resolução do Conselho Federal de Medicina, Nº 2.217, artigo 2º, a competência para apreciar e julgar infrações é, única e exclusivamente, do Conselho Regional de Medicina que detenha a inscrição do médico, ao tempo da ocorrência do fato punível”.
“A SBCP concentra-se na missão de incentivar o avanço na qualidade dos atendimentos oferecidos aos pacientes, por meio da promoção de altos padrões de treinamento, ética, exercício profissional e pesquisa científica em Cirurgia Plástica. Além da formação e educação continuada oferecida aos seus membros, a SBCP busca integração com a comunidade visando proporcionar educação pública no que se refere aos assuntos da especialidade”, completa.