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CASO DEIZZYNÁ: Após prisão de “Café”, investigação ainda não descarta participação de padrasto do pai da menina em homicídio

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O Bárbaro homicídio de Deizzyná Fabrícia está prestes a ser desvendado, isso porque os possíveis culpados já foram presos pela Polícia Civil, que agora junta os indícios, depoimentos e provas para construir o inquérito que será posteriormente entregue ao Ministério Público.

A última semana o segundo suspeito do crime do homicídio foi preso na cidade de Malacacheta, e a polícia agora em meio a toda a dificuldade de comprovação dos depoimentos, tenta concluir as investigações tendo em vista que nenhum dos suspeitos ainda está inocentado.

Prisão do segundo suspeito

Na última quinta-feira, dia 27 de junho, o suspeito Gilmar Lima Pereira dos Santos, com idade de 21 anos, conhecido como Café, foi preso pele Polícia Civil na zona rural de Malacacheta por volta de 21h.

Para realizar a prisão a Polícia Civil de Nova Serrana monitorou o suspeito e após quase 36 horas de trabalho ininterruptos o suspeito foi finalmente preso.  “Ele fugiu de Nova Serrana, quase que não seria mais encontrado. O suspeito foi achado em uma Zona Rural da cidade em Malacacheta, ele seguia sendo monitorado pela Polícia Civil. Os investigadores de Nova Serrana trabalharam mais de 36 horas ininterruptas, caminharam cerca de 10 KM a pé para que a abordagem não fosse notada e ainda em Malacacheta colheram o depoimento lá do suspeito que confessou o crime”. Informou a Delegada Regional de Nova Serrana Drª Angelita Viviane Oliveira.

Depoimento

Em seu depoimento o suspeito, de acordo com a delegada, confessou ter matado a adolescente de 13 anos. O crime se deu conforme informado com o intuito de roubar a casa da vítima, uma vez que o suspeito tinha amplo conhecimento da rotina da família. “O Suspeito é ex-namorado da irmã de Deizzyná, ele conhecia amplamente a rotina da família, e confessou que foi até a casa para tentar roubar a residência, contudo ele não esperava que a garota estivesse em casa”. Contou.

A delegada ainda informou que o suspeito descreveu como cometeu o crime. “A princípio não foi perguntado para ele se atuou sozinho. O suspeito falou que foi na casa para furtar, roubar o celular, a vítima resistiu, ela pegou a garrafa de café para atingir o suspeito e se defender. Ele então contou que a segurou e a estrangulou ela com um mata leão, pegou a banheira e ainda afogou a vítima. Em seu depoimento ele afirmou que em seguida evadiu roubando os celulares”. Apontou à delegada.

Ainda sobre o segundo suspeito preso a Dr. Angelita informou que “Ele segue preso em Malacacheta, deve ser transferido para Nova Serrana, vamos solicitar a transferência, pois o crime foi cometido aqui, o suspeito já era conhecido no meio policial por furto/roubo e também era usuário de drogas”. Informou Drª Angelita.

Primeiro suspeito preso

Ainda na semana em que o homicídio ocorreu, um homem, padrasto do pai da vítima foi preso e na ocasião assumiu a autoria do crime. Contudo a polícia segue investigando se existiu ou não o envolvimento do homem que segue preso.

Conforme aponta a delegada, os depoimentos de café indicam que ele teria agido sozinho, mas os motivos pelos quais o primeiro suspeito assumiu o crime seguem sendo apurados. “O depoimento do café indica que ele cometeu o crime sozinho, contudo não descartamos a participação do padrasto do pai da garota, ele confessou a autoria do crime por três vezes. Pedimos o exame de sanidade mental do suspeito. Por enquanto ele segue preso e nenhuma hipótese é descartada”. Disse a delegada.

Drª Angelita aponta a dificuldade de apurar os fatos na investigação e assim concluir o inquérito que ainda não tem uma previsão de fechamento. “Não podemos descartar nenhuma hipótese justamente pela dificuldade de se apurar o crime. É um crime delicado, não tem testemunhas, não tem nenhuma imagem de circuito interno, então temos que fazer um amplo processo investigativo, que é o nosso trabalho, para chegarmos à conclusão do caso e apresentar a justiça”. Apontou a delegada.

Promotoria

O promotor de justiça criminal, Dr. Alderico Carvalho também foi procurado por nossa redação e segundo apontado “o Ministério Público não descarta a participação de padrasto do pai de Deizzyná, tanto é que ele ainda se encontra preso. Assim, aguardamos o fim das investigações para analisar qual ou quais pessoas, de fato, praticou/praticaram o crime”, finalizou o promotor de justiça.

Relembre os detalhes da prisão dos suspeitos

Café

Segundo matéria divulgada ainda na quinta-feira, dia 27 de junho no portal de notícias do jornal o Popular, o promotor de justiça Dr. Alderico Carvalho informou que “desde o início o senhor que foi preso e confessou o crime falava do envolvimento de uma terceira pessoa que teria lhe ajudado a afogar a vítima, uma ceguinha segundo ele. A polícia até identificou essa mulher, mas as investigações apontaram que não era ela. Desconfiando então que o suspeito estaria acobertado alguém, a promotoria pediu a delegada que tentasse localizar na mão de quem estava o celular da vítima, porque o senhor afirmava que o celular da vítima ficou na posse dessa terceira pessoa”.

Dando continuidade a investigação o promotor ressaltou que “então a polícia conseguiu identificar com quem estava o celular da vítima, por meio de oficio a operadora, a primeira pessoa que estava com um dos celulares da vitima foi o Weverton Rodrigues Morais, que era assessor do vereador afastado Gilmar da Farmácia (investigados na operação Kobold), esse Weverton foi ouvido e disse que o celular tinha sido passado para ele pelo vereador Gilmar que o repassou na presença da Sheila Penha da Silva, que também é assessora do vereador, e que a informação poderia ser confirmada por ela”.

Em continuidade as oitivas “por sua vez a Sheila foi ouvida e disse o seguinte: ‘o Gilmar de fato falou para eu arrumar outro celular para o Weverton, mas não foi o Gilmar que repassou, eu o comprei em determinada loja e passei para o Weverton’”.

Dr. Alderico então apontou que “diante da informação da compra do telefone, a polícia foi até a loja, conseguiu as imagens das câmeras de segurança e conseguiu identificar quais as pessoas entregaram o celular nessa loja para vender e de fato a Sheila havia comprado o celular nessa loja. Na análise das imagens a polícia conseguiu identificar quem vendeu os celulares para a loja, essas duas mulheres foram identificadas e na oitiva elas desconversaram primeiramente, mas posteriormente elas confessaram que receberam o celular de um suspeito chamado de “Café” que era seu namorado, e teria confessado que matou a menina e ajudou a afoga-la”.

Já o segundo celular o promotor informou que “estava com um senhor, e ele disse que estava na rua, seu carro estragou, passou pela rua um rapaz com um moça e lhe ofereceu o celular, que foi comprado. O senhor reconheceu a fotografia do rapaz que vendeu sendo o suspeito Café”.

Dessa forma o promotor finalizou informando que as investigações apontam que “assim o café estava na posse dos dois celulares e teria confessado para a sua namorada que era um dos autores do crime, então a conclusão preliminar, e não definitiva porque a denúncia ainda não foi apresentada, é que o senhor, que já está preso foi auxiliado pelo segundo suspeito o café, não se sabe ainda em qual momento, quando afogou, ou subtração dos celulares, mas o fato é que na cena do crime haviam dois suspeitos, sendo que o segundo estava sendo protegido pelo primeiro suspeito que já estava preso”. Finalizou o promotor de justiça Dr Alderico Carvalho.

Padrasto

Também de acordo com matéria divulgada em nosso portal e seguindo informações repassadas em coletiva a delegada afirmou que um homem, de 57 anos, foi até a casa da vítima para abusar sexualmente dela e, após a negativa por parte da adolescente, a estrangulou. “Naquele dia a vítima não teria ido ao trabalho. Ela estava doente, com suspeita de dengue, e ficou em casa e, infelizmente, o avô de consideração, ele é padrasto do pai da menina, morava próximo e já teria tentado abusar da vítima, da irmã dela e de outras pessoas, que foram ouvidas e confirmaram o histórico do investigado”. Informou Dra. Angelita.

Ainda segundo apontado pela delegada ao ouvir o suspeito foi colhido a confissão da autoria do crime. “Conseguimos chegar até esse autor e ele confessou que no dia dos fatos foi até a casa da vítima com a intenção de abusá-la, de fazer sexo com a mesma. E com a negativa da vítima, ele entrou em luta corporal e, após, ele a esganou”, finalizou a delegada na ocasião.

 

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