Saúde
Câncer de próstata mata 4 homens por dia em Minas; Novembro Azul traz alerta
Pelo menos quatro mineiros morreram diariamente por complicações provocadas pelo câncer de próstata. Só nos últimos quatro anos foram 5,8 mil óbitos. O tumor é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas da neoplasia de pele não melanoma. Campanha Novembro Azul chega para reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença. Com informações de Hoje em Dia.
Este ano deve ser encerrado com 7,9 mil novos casos de tumores de próstata em Minas, segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca). A incidência é maior em idosos, cerca de 75% dos doentes têm mais de 65 anos. Porém, pessoas com histórico na família, fumantes e obesos devem redobrar a atenção já a partir dos 40 anos.
Ir ao urologista e verificar a necessidade de um exame de sangue ou do toque retal é a principal recomendação. A análise permite ao médico avaliar alterações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos. Cerca de 20% dos pacientes com o câncer são diagnosticados só por essas alterações.
As Unidades Básicas de Saúde (UBS) são as portas de entradas no Sistema Único de Saúde (SUS). “Os dados da Sociedade Brasileira de Urologia apontam que os homens, muitas vezes, deixam para procurar os médicos apenas quando já têm sintomas mais graves, com doenças já em estágio avançado”, alerta Camila Moreira de Castro, subsecretária de Redes de Atenção à Saúde da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).
Ela lembra ainda que, em fase inicial, o câncer da próstata tem evolução silenciosa, o que reforça a importância de o homem procurar uma UBS ao surgirem sintomas como dificuldade de urinar, diminuição do jato de urina, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite ou sangue na urina.
O SUS oferece exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos e radiológicos, além de procedimentos cirúrgicos e tratamento em hospitais habilitados em oncologia.
De acordo com o Ministério da Saúde, o tratamento é feito por meio de uma ou várias abordagens, que podem ser combinadas ou não. A escolha é feita individualmente pelo médico.