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Editorial - Opinião sem medo!

Caminhão desgovernado desce ponte abaixo

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Realmente Euzebio Lago poderá dizer que viveu situações que nenhum outro gestor vivenciou à frente da cidade. Para que todas as emoções ficaram guardadas para o gestor que tem como desafio superar a desconfiança ou descontentamento de 2/3 da cidade.

Em todos os anos de governo nunca se viu, ou não se retratou de um estado tão debilitado, uma crise política nacional tão iminente e como claro, uma economia debilitada coloca em risco até mesmo os setores industriais mais básicos como o alimentício, do vestuário em Divinópolis e também claro o calçadista.

O atual prefeito está se deparando com uma economia municipal à beira da ruina, onde os moradores da cidade, empresários ou não, deixam de pagar seus tributos e isso pelos mais variados motivos e como consequência a arrecadação da cidade que sempre se gabou de ser extremamente rica, desliza morro abaixo e fica dependurada no buraco como o caminhão da prefeitura na obra ainda inacabada.

Por falar em buraco, só nesta gestão por duas vezes um caminhão do executivo se afundou em um buraco na cidade. No primeiro a rua simplesmente abriu e o veículo se enfiou em uma situação que seria cômica se não fosse trágica.

Já o segundo deslizou, e mesmo que com os freios travados a força da gravidade foi maior, e graças a Deus, o incidente não foi maior, contudo, fazendo a analogia a atual gestão, deve se tomar cuidado porque o caminhão da administração pode não dar a sorte de ficar dependurado, mas não derrubado.

A crise, por exemplo, fez com que o executivo implementasse um choque de gestão. A prometida reforma tributária aparentemente ainda não foi enviada a Câmara, mas o buraco financeiro no qual a prefeitura se meteu causou o atraso de contas que tinham dotação orçamentária direcionada.

Dai partes ativas sociais que recebiam incentivos, como os estudantes, tiveram seu esperado e importante aporte atrasado. R$ 120,00 por cada universitário que estuda fora da cidade. São apenas R$ 1.200,00 por aluno anualmente. Mas esse valor causará um estrago nas finanças de populares que tem uma despesa anual de aproximadamente R$ 3.300,00 e que literalmente trocam o café pela janta para realizarem o sonho de concluir um curso superior.

Estes representam uma parcela popular que pode sim ampliar o buraco no qual o caminhão da prefeitura está lentamente deslizando.

Festa do Reinado, equipes e projetos esportivos, parceiros políticos, servidores comissionados, hospitais, promessas políticas, segurança pública e apoio a órgãos básicos.

Esses são apenas alguns dos setores em que a crise trouxe ou trará problemas, e sinceramente a responsabilidade, ou melhor, a culpa do Estado não será o suficiente para tapar o buraco, ou melhor, rebocar o caminhão se o andor continuar dessa forma.

Muitas ações têm sido tomadas, mas tudo que é feito parece não ser o suficiente para criar um alento para a cidade que esperou o Novo Tempo, e não por culpa total da gestão, viu esse tempo se tornar de seca e escassez.

O choque de gestão deveria ter acontecido a mais de um ano atrás, o enxugamento da maquina pública deveria ter sido uma das senão a primeira medida e a comunicação, o esclarecimento deveria ter sido tratado com maior zelo desde os primeiros dias.

Agora se chama vereador que defende a classe dos estudantes, se explica a situação, apresenta números, torna pública a dificuldade e dai comete o erro de criar expectativa amparada no Estado.

Se o transporte for pago na próxima terça-feira, fez a obrigação (já que esse termo foi tão bem usado pelo prefeito durante o pleito eleitoral de 2016), se não o faz, se cria mais um problema e novamente o erro de estratégia se torna evidente.

Sabemos que um cara comprometido, senta diariamente na cadeira do chefe do executivo e da o seu melhor a frente da cidade. Contudo a impressão que se dá é que o barco esta a deriva, ou melhor, o caminhão chamado prefeitura está descontrolado prestes a cair pela ponte Lelis Camilo e o erro de perícia (dos secretários em sua maioria), está tornando esse incidente cada vez mais inevitável.

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