Economia
Caixa volta a oferecer crédito consignado do Auxílio Brasil
Banco afirma que a interrupção foi ocasionada por um “processamento da folha de pagamento” do benefício
Questionado sobre a atualização do valor contratado pela modalidade e do número de beneficiários, o banco afirmou que irá divulgar o balanço “oportunamente” A Caixa já havia suspendido a operação entre os dias 21 e 24 de outubro, sob a justificativa de uma “manutenção programada nos ambientes tecnológicos” tanto da Caixa como da Dataprev.
O novo prazo foi anunciado depois da revelação de que beneficiários do programa vinham recebendo avisos nos canais da própria Caixa de que o depósito, que tinha prazo de 48 horas, poderia demorar até 15 dias.
No dia 04 de novembro, o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Aroldo Cedraz decidiu arquivar ação que queria suspender a oferta do consignado para beneficiários do Auxílio. A ação foi proposta pelo procurador do Ministério Público junto ao TCU, Lucas Furtado.
A modalidade
O consignado do Auxílio tem juro de 3,45% ao mês, beirando o limite de 3,5% estabelecido pelo Ministério da Cidadania. A prestação máxima é de 40% do valor do Auxílio Brasil; já a parcela mínima é de R$ 15 reais. A duração do empréstimo é de até 24 meses.
O teto de 3,5% ao ano é maior do que o imposto pelos bancos ao consignado do INSS: 2,14%. Além disso, segundo os dados do Banco Central, está acima do que é cobrado, em média, nos vários tipos de consignado: para trabalhadores do setor privado (2,61%), para trabalhadores do setor público (1,7%), para aposentados e pensionistas do INSS (1,97%) e consignado pessoal total (1,85%).
A Caixa foi um dos 12 bancos credenciados pelo Ministério da Cidadania para operar a linha de crédito, e o único entre os cinco maiores do País. Como antecipou o Estadão, grandes bancos resolveram ficar de fora da oferta do consignado.
O banco público lançou a linha oficialmente no dia 11 de outubro, depois do primeiro turno das eleições. A modalidade foi classificada por analistas como eleitoreira e com grande potencial de ampliação do endividamento das famílias