Editorial - Opinião sem medo!
Cada um por si e Deus por todos!
A sobrevivência humana é o fator que faz com que o homem seja o animal mais adaptável da face da terra. Nós conseguimos sobreviver em praticamente todos os ambientes naturais, e naqueles mais ríspidos, onde não se pode viver, nós encontramos e criamos ferramentas para enfrentá-los.
Assim enfrentamos todas as adversidades que a natureza nos impõe ao longo da história da humanidade, e seguimos entendendo que independente da dificuldade vivenciada, com perdas e danos, nós ainda a superamos.
Vejam só, a lei da selva determina que o mais forte sobrevive. Nos dias de hoje, em meio a selva de pedras e a pandemia, que mesmo sendo latente, é ridicularizada e negada por muitos, os mais fortes seguem lutando com o que tem em mãos para poder acordar por mais um dia.
As dificuldades encontradas são de todas as esferas, políticas, administrativas, físicas, econômicas, pessoais, emocionais. Agora parece que não temos para onde ir. Uns morrem de fome, outros acamados pela doença, há quem morra afetivamente, e os flagelos emocionais dizimam a vida e a elã vital de quem não suporta mais a pressão causada pelos transtornos oriundos do coronavírus.
Não estamos aqui para questionar quem luta para manter seu comércio, seu negócio, seu ganha pão aberto. Como também não podemos deixar de considerar e respeitar aqueles que por medo ou consciência, defendem o fechamento de todos os setores econômicos.
O fato é que todos independente da situação financeira, cor, raça, sexo e opção sexual, todos lutamos com o que temos a disposição para conseguir sobreviver, o que não podemos de forma alguma é perder o respeito pelo próximo, ou ignorar o fato de que não é momento para termos a política acima de tudo.
Vejam só o que fazem nossos políticos, enquanto todos lutam para sobreviver, nossos políticos compram carros de luxo, trocam comandos para facilitar ou implementar seu plano de poder, enganam as pessoas com migalhas em formas de auxílio e estrutura uma virada de mesa política.
Enquanto nós lutamos para sobreviver, o deputado chamado de moleque entra na unidade de saúde fazendo vídeo sensacionalista, mas não mostra com clareza para a população que o hospital não tem condições físicas e técnicas para atender pacientes de covid-19 e se tal político fosse mais do que o escândalo que ele costuma fazer, ele teria levado a solução para equipar a unidade, ainda antes das mortes estarem assombrando gente de todas as cidades mineiras.
Nós lutamos para comer, enquanto isso, a administração municipal faz os populares de bobos, afinal de contas, há duas semanas o principal empregado do prefeito no legislativo municipal falou que o banco de alimentos funcionava plenamente, e até hoje, dia 31 de março, as 12h40, as cestas básicas sequer apareceram para distribuição.
O município que compra carro de luxo sequer consegue dar resolutividade para a aquisição de comida que vai matar a fome da população e enquanto o rei não da cara a tapa e trás uma solução de verdade, a politicagem faz com que seus servos nas redes sociais tomem as dores de uma gestão que não mostra a mesma agilidade da compra dos picolés, para a compra de comida que vai matar a fome de quem já está perdendo essa batalha.
Na esfera estadual, o governador anda mais perdido do que cego em tiroteio, sequer sabe o caminho de volta para Araxá, e as decisões estapafúrdias incomodam seus apoiadores e opositores.
Um super feriado, depois de uma semana santa, após 15 dias de Onda Roxa. Isso é medida de desespero de quem já perdeu a direção do carro há muito tempo.
Em âmbito federal, o mito, como dizem os fãs políticos do fraquíssimo gestor nacional, segue fazendo suas graçoilas com sua popularidade e condição política indo para o brejo, agora, a estratégia foi tentar fortalecer as suas relações com as forças militares, para que assim, quem sabe, possa virar a mesa caso as coisas se tornem ainda mais complexas do que já estão.
Seguindo nessa linha, a bandidagem da esquerda segue eufórica, e não nos entenda mal, há pessoas de índole e boas idéias na esquerda, mas quem comemora nesse momento é a bandidagem da política de esquerda, que tem orgasmos com a desgraça da saúde brasileira e ejacula em meio a possibilidade de voltar a ter o poder nas mãos, para assim refazer o caixa, comprar novas chácaras, novos dupléx, novos filmes, novas obras superfaturadas que nunca chegam ao fim.
Percebem, enquanto nós lutamos para comer, ter o mínimo de saúde, dignidade e permanecer vivos, os políticos seguem lutando por seus interesses próprios, fazendo de nossa necessidade e até ingenuidade a sua munição para obter assim no próximo pleito eleitoral mais poder e dinheiro para os seus bolsos.
Assim amigos, finalizamos esse editorial considerando que nenhuma ação de sobrevivência de qualquer popular deve ser taxada por nós como desrespeitosa, indecorosa e até mesmo criminosa, afinal, essas são as armas que temos; lembrando que na lei da sobrevivência é “cada um por si e Deus por todos”, enquanto isso, nossos políticos seguem usando da desgraça como alimento para matar a sua própria fome de poder.