Tráfico de drogas

Brasileira presa na Indonésia depõe em maio sob risco de pena de morte

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Defesa de jovem presa com cocaína na Indonésia alega que ela não sabia o que tinha na mala — Foto: Reprodução/Redes Sociais

A sentença pode condená-la à morte ou à prisão perpétua no país, que tem uma severa lei antidrogas

A brasileira presa em Bali, na Indonésia, após tentar entrar no país com mais de três quilos de cocaína, vai prestar depoimento no dia 2 de maio, segundo advogado da família. Com informação do O Tempo.
O depoimento de Manuela Vitória De Araujo Farias, de 19 anos, deve ser uma das últimas etapas do julgamento.

Até o momento, já foram ouvidas 7 testemunhas, sendo uma de defesa e seis de acusação, disse à reportagem o advogado da família Davi Lira, que acompanha o caso do Brasil. Na Indonésia, a jovem tem outro defensor especializado em casos como o dela.

A sentença pode condená-la à morte ou à prisão perpétua no país, que tem uma severa lei antidrogas. Esta decisão, porém, ainda não tem data para ser tomada. Em janeiro, o Itamaraty disse ao UOL ter conhecimento do caso, acompanhado pela Embaixada do Brasil em Jacarta, e que “vem prestando a assistência consular cabível à nacional”.

“A expectativa da defesa é de que ela escape da pena de morte e da [prisão] perpétua. Lá e um país muito rígido. Acredito que será penalizada, mas cremos numa pena menor”, afirmou Lira.

RELEMBRE O CASO

Manuela foi detida no dia 1º de janeiro, quando desembarcou com a droga dividida em duas malas. À época, o advogado disse que a jovem não sabia o que levava ao embarcar para o país asiático.

Segundo Lira, a paraense até desconfiou da promessa de aulas de surfe em troca do transporte de uma encomenda até o país, e tentou desistir, mas teria sido coagida por pessoas que a abordaram.

Natural de Belém, a jovem conheceu os suspeitos pelo envio da droga em um “circuito de baladas” de Santa Catarina, estado no qual a mãe dela mora, para fazer tratamento contra uma doença.

“Ela não queria mais ir, desconfiou de alguma coisa, mas as pessoas começaram a constrangê-la. Falaram que ela não podia mais desistir da viagem, que eles já tinham gastado dinheiro e que o máximo que ela poderia fazer, se ela não quisesse ir, era indenizá-los em 20 mil reais”, declarou o advogado.

(Mariana Durães / Folhapress)

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