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Pandemia

Brasil soma 500 mil mortes por Covid: só 4 cidades de MG têm mais habitantes

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Segundo Ministério da Saúde, Brasil chegou a 500.800 óbitos registrados pela doença neste sábado (19)

O Brasil chegou a marca de meio milhão de mortos pela Covid-19 neste sábado (19), de acordo com o Ministério da Saúde. O número assusta: apenas quatro das 853 cidades mineiras têm mais habitantes do que o número de mortes causadas pelo coronavírus em todo o país desde março do ano passado: Belo Horizonte (2,5 milhões de moradores), Uberlândia (699 mil), Contagem (668 mil) e Juiz de Fora (573 mil). Os dados sobre a população são do IBGE.

O boletim epidemiológico divulgado pelo governo federal contabiliza 2.301 mortes neste sábado (19), e um total de 500.800 mil desde o início da pandemia, há um ano e três meses. Dessa forma, o país é o segundo a ultrapassar a marca, atrás apenas dos Estados Unidos, que na última terça-feira (15) alcançou 600 mil mortos.

“Quinhentas mil vidas perdidas pela pandemia que afeta o nosso Brasil e todo o mundo”, tuitou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. O número de casos da doença registrados neste sábado foi de 82.888, totalizando 17.883.750.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, também se manifestou sobre o número de mortes. “O Brasil chega a infeliz marca de 500 mil óbitos por Covid. Minha solidariedade a todas as famílias atingidas. Por favor, continue se cuidando e de quem está próximo. Quando chegar sua vez, vacine. Sairemos dessa mais fortes”, escreveu em uma rede social.

Para o infectologista do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 da Prefeitura de Belo Horizonte, Unaí Tupinambás, a marca de meio milhão de mortes causadas pela doença já era esperada e reflete como o Brasil enfrenta a pandemia.

“Desde o início nós erramos. O governo federal e o Ministério da Saúde insistiram em medidas não protetivas e em minimizar a pandemia”, diz. “Infelizmente não vai parar nas 500 mil mortes. Há uma projeção de que em agosto vamos chegar a 600 mil vidas perdidas”, acrescenta o infectologista, que também é professor da UFMG.

De acordo com Tupinambás, há estudos que mostram que de cada quatro mortes pela doença, três poderiam ter sido evitadas. “É uma tristeza, uma tragédia de grandes proporções. Nós temos que começar a acertar nessa pandemia. Caso contrário, não sei onde vamos parar”, afirma.

A infectologista Silvia Hees de Carvalho avalia que a tendência é que o quadro da pandemia no país se agrave antes dos efeitos positivos da vacinação começarem a ser sentidos.

“A nossa previsão é que haja uma piora antes de melhorar, infelizmente”, diz. “O que a gente tem de mais confiável é vacina. As pessoas precisam se vacinar, mas não tem condições de vacinar todo mundo tão rápido quanto a circulação do vírus. As pessoas devem continuar mantendo todas as medidas possíveis de prevenção”, recomenda a médica.

Fonte: O Tempo

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